EUA impõem sanções a 16 sauditas pelo assassinato de Jamal Khashoggi
O governo dos Estados Unidos proibiu a entrada de dezesseis cidadãos sauditas em território norte-americano. Eles estão envolvidos no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em outubro do ano passado no consulado da Arábia Saudita, em Instambul, na Turquia.
A medida foi anunciada nesta segunda-feira (8) pelo secretário de Estado, Mike Pompeo. O proibição tmabém vale para os integrantes das famílias desses dezesseis sauditas.
Essas mesmas pessoas já tinham recebido sanções econômicas de Washington em novembro de 2018. Entre elas estava o congelamento de ativos nos Estados Unidos e a proibição aos cidadãos americanos de faz transferências com eles ou com as empresas deles.
Entre essas dezesseis pessoas estão Saud al Qahtani, um dos conselheiros mais próximos do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman e o então cônsul-geral saudita em Istambul, Mohammed al-Otaibi. Além deles também constam os agentes que viajaram de Riad para a Turquia para o assassinato de Khashoggi.
O crime
Jamal Khashoggi era um jornalista saudita crítico ao regime, correspondente no Washington Post, que morava em Washington. Em 2 de outubro, ele foi ao Consulado da Arábia Saudita para buscar alguns documentos que seriam necessários para se casar. Desde então, nunca mais foi visto.
Num primeiro momento, a Arábia Saudita afirmou que Khashoggi tinha saído vivo do consulado. Um dublê chegou a ser filmado por câmeras de segurança vestindo as roupas de Khashoggi. Com o passar dos dias, porém, a pressão internacional e as provas recolhidas pela Turquia, que tem uma gravação do ocorrido, fizeram o país admitir que o jornalista foi assassinado no local.
Na primeira versão, o reino alegou que Khashoggi morreu em uma briga. Depois, reconheceu que foi um assassinato premeditado. A Procuradoria-Geral saudita pediu a pena de morte para cinco acusados de envolvimento no crime.
No consulado, Khashoggi era esperado por cerca de quinze agentes sauditas que tinham chegado a Istambul na noite anterior — entre os agentes estavam quatro membros do esquema de segurança do príncipe saudita, Mohammed bin Salman, que até hoje nega qualquer tipo de participação no crime.
*Com informações da Agência EFE
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