EUA interceptam segundo petroleiro ligado à Venezuela em águas internacionais

O governo do presidente Donald Trump já havia apreendido, na semana passada, uma embarcação que partira do país sul-americano e confiscou o petróleo bruto que ela transportava

  • Por Jovem Pan*
  • 20/12/2025 19h09 - Atualizado em 20/12/2025 20h55
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DOUG MILLS / POOL / AFP donald trump Presidente dos EUA, Donald Trump, discursa para a nação a partir da Sala de Recepção Diplomática da Casa Branca, em Washington, D.C.

As Forças Armadas dos Estados Unidos interceptaram um segundo navio ao largo da costa da Venezuela, em águas internacionais. A informação foi confirmada por dois funcionários americanos à Associated Press.

Segundo as autoridades, o petroleiro parou voluntariamente e permitiu a abordagem das forças dos EUA. Os funcionários falaram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizados a comentar a operação militar.

A ação ocorre dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um bloqueio total a todos os petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela. A medida também sucede a apreensão de um navio em 10 de dezembro, na mesma região.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou que o navio interceptado é um petroleiro de bandeira panamenha que havia estado atracado na Venezuela. Segundo ela, a Guarda Costeira dos EUA, com apoio do Departamento de Guerra, realizou a apreensão em uma operação ao amanhecer.

Outros oficiais disseram que a Marinha americana auxiliou na ação. Um vídeo divulgado por Noem mostra uma pessoa descendo de um helicóptero até o convés do petroleiro Centuries.

O navio havia carregado petróleo bruto no terminal de José, na Venezuela. Desde 11 de dezembro, transportava cerca de dois milhões de barris de petróleo. Imagens de satélite indicaram que a embarcação seguia em rota pelo Caribe em direção à Ásia.

O Centuries já havia sido rastreado em 2020 transportando petróleo venezuelano para a China. O navio também esteve envolvido em transferências para outra embarcação na Malásia.

Ainda não está claro se os Estados Unidos pretendem tomar posse do navio e da carga. Autoridades afirmaram que essa era a intenção no caso de outro petroleiro, o Skipper.

Kristi Noem afirmou que os EUA continuarão perseguindo o transporte de petróleo sancionado. Segundo ela, esses recursos financiam atividades ilícitas na região.

Um alto funcionário americano disse que a estratégia do governo é apreender mais petroleiros. A exceção são navios fretados pela Chevron, que possui licença dos EUA para operar na Venezuela.

Segundo o governo americano, outros navios suspeitos já foram identificados pela Marinha e pela Guarda Costeira.

*Com informações da EFE e Estadão Conteúdo

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