Remdesivir estará disponível nesta semana para pacientes de Covid-19 nos EUA

EFE/EPA/US NAVY/MC2 SARA ESHLEMAN Um recente estudo apontou que é possível reduzir, com o uso do medicamento, o tempo de recuperação da doença

A Gilead Sciense, que produz o antiviral Remdesivir, anunciou que o medicamento estará disponível para alguns dos pacientes em estado grave devido ao coronavírus a partir desta semana.

“Pretendemos que chegue a eles no início da semana. Estamos começando a trabalhar com o governo, que determinará quais cidades são mais vulneráveis e onde está quem precisa desse medicamento”, disse o CEO da companhia, Daniel O’Day.

O representante da Gilead revelou que todo o estoque do Remdesivir foi entregue ao governo dos Estados Unidos, o que representa cerca de 1,5 milhão de doses, mas garantiu que o objetivo é que seja utilizado também em pacientes que estão fora do país, onde o tratamento for aprovado.

“Entramos em acordo para poder servir tanto pacientes aqui nos EUA, mas também garantir que, como empresa global, com sede americana, que possamos servir outros países do mundo”, garantiu O’Day, em entrevista à emissora “CBS News”.

Na última sexta-feira, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) emitiu uma autorização de emergência para o tratamento com o Remdesivir nos pacientes em estado mais grave, embora existam estudos que apontam que a eficácia do medicamento ainda não está clara.

O antiviral é uma terapia experimental que começou a ser desenvolvido em 2009 e foi colocado em testes para pessoas que contraíram o ebola na década passada. As provas sobre o combate ao novo coronavírus aconteceu porque um recente estudo apontou que é possível reduzir, com seu uso, o tempo de recuperação da doença.

O medicamento poderá ser injetado em pacientes que estejam internados em hospitais, em estado grave, que a FDA define “com necessidade de assistência mecânica para respirar”.

* Com EFE