EUA: Trump estuda reduzir ou acabar com programas de intercâmbio profissional

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/08/2017 16h15
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-FOTODELDIA- WAS30. WASHINGTON (ESTADOS UNIDOS), 01/06/2017.- El presidente de EE.UU., Donald Trump, pronuncia un discurso hoy, jueves 1 de junio de 2017, en la Casa Blanca, Washington (EE.UU.). Donald Trump anunció hoy su decisión de sacar al país del Acuerdo de París contra el cambio climático, adoptado por casi 200 países en 2015, hoy, jueves 1 de junio de 2017, en la Casa Blanca, Washington (Estados Unidos). EFE/Molly Riley EFE/Molly Riley Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump quer mercado de trabalho exclusivo para norte-americanos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considera fazer grandes reduções nos programas de intercâmbio cultural, incluindo aqueles para trabalhos remunerados e de temporada voltados para jovens de outros países, segundo pessoas familiarizadas com o planejamento da administração.

Em abril, Trump emitiu a ordem executiva chamada “Comprar americano e contratar americano”, que solicita uma revisão das regras de imigração dos EUA para garantir que os interesses dos trabalhadores domésticos sejam protegidos. Nenhuma decisão foi tomada, mas os apoiadores do programa preocupam-se com as mudanças que podem ser feitas sem um amplo debate público.

Um grupo de trabalho liderado pela Casa Branca é particularmente focado em cinco programas do visto tipo J-1, que oferecem intercâmbio com trabalho para estrangeiros, de acordo com pessoas familiarizadas com a discussão.

“A administração tem preocupações” sobre todos os vistos que permitem trabalhadores convidados, disse Jessica Vaughan, diretora de estudos de políticas do Centro de Estudos de Imigração, que quer limitar a imigração legal e ilegal. “Mas há programas particulares que precisam de mais atenção por causa de seu tamanho, seu efeito no mercado de trabalho dos EUA e porque um número significativo de pessoas ultrapassa o tempo de seus vistos”.

Pessoas familiarizadas com as conversas disseram que a revisão inclui o programa de viagem de trabalho durante o verão, que traz mais de 100 mil alunos para os EUA por temporada, muitas vezes concentrados em destinos turísticos, como resorts de praia e parques nacionais. Também inclui o programa como au pair, onde estrangeiros vivem em casas americanas e prestam cuidados infantis, além de fazer aulas e participar de intercâmbios com suas famílias de acolhimento. Outros programas em discussão incluem aqueles para conselheiros de campo, estagiários e trainees.

O programa de visto J-1 também inclui 10 outras categorias que não envolvem trabalho, como estudantes universitários, que não estão em revisão, disseram pessoas familiarizadas com as negociações.

Uma das opções em estudo é eliminar essas classes de visto, bem como impor novos requisitos aos participantes. Por exemplo, os empregadores podem ser obrigados a mostrar que não conseguiram encontrar norte-americanos para esses empregos, como é exigido para outros programas de visto, de acordo com as pessoas que acompanham o debate interno.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que não tinha “nada para anunciar neste momento” sobre o tema.

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