Ex-presidente do Egito, Mohammed Mursi morre durante audiência em tribunal
O ex-presidente do Egito, Mohammed Mursi, morreu nesta segunda-feira (17). De acordo com a emissora de televisão estatal egípcia, ele faleceu após passar mal e desmaiar enquanto era julgado durante a sessão de um tribunal.
Condenado a 45 anos de prisão, Mursi estava preso desde 3 de julho de 2013. Nesta segunda-feira, ele estava sendo julgado por acusações de espionagem a favor do Catar. O ex-presidente, que governou o país entre 2012 e 2013 antes de ser derrubado pelo exército em um golpe de Estado liderado pelo atual presidente, Abdul Fatah al Sisi, também respondia pelo crime de incitação à violência contra manifestantes.
Segundo a TV do país, o corpo de Mursi “foi transferido ao hospital, onde foram tomadas as medidas necessárias”, mas não resistiu. No momento do falecimento, ele estava na Academia da Polícia do Cairo, para onde costumava ser levado de helicóptero da prisão de Borg al Arab.
O líder tinha 67 anos, mas vinha apresentando piora no quadro de saúde nos últimos seis anos, dos quais permaneceu a maior parte detido. De acordo com sua família e organizações de direitos humanos, o ex-presidente era mantido em regime de isolamento e proibido de receber visitas.
Em fevereiro, a Anistia Internacional afirmou que Mursi só tinha recebido três visitas desde que foi preso.
Histórico
Mursi foi o primeiro presidente do Egito a ser eleito democraticamente. Após inúmeros protestos em 2011, ele foi leito com 51,73% dos votos e foi o primeiro civil a governar o país em 60 anos. Depois da vitória, prometeu liderar um governo “para todos os egípcios.”
*Com informações da Agência EFE
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