Excesso de remédios pode matar 10 milhões de pessoas ao ano até 2050, segundo a ONU

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2019 15h46
C remédios O prejuízo à economia global pode ser tão catastrófico quanto a crise financeira de 2008

O uso excessivo de medicamentos e os consequentes casos de resistência antimicrobiana podem causar a morte de até 10 milhões de pessoas por ano até 2050. O número está presente em um relatório produzido por entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira (29).

Atualmente, pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos – incluindo 230 mil por causa da chamada tuberculose multirresistente.

“Mais e mais doenças comuns, incluindo infecções do trato respiratório, infecções sexualmente transmissíveis e infecções do trato urinário estão se tornando intratáveis”, destacou a Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio de comunicado.

“O mundo já está sentindo as consequências econômicas e na saúde à medida em que medicamentos cruciais se tornam ineficazes. Sem o investimento dos países em todas as faixas de renda, as futuras gerações terão de enfrentar impactos desastrosos da resistência antimicrobiana descontrolada”, completou a entidade.

O relatório recomenda, entre outras medidas, priorizar planos de ação nacionais para ampliar os esforços de financiamento e capacitação; implementar sistemas regulatórios mais fortes e de apoio a programas de conscientização para o uso responsável de antimicrobianos e investir em pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias para combater a resistência antimicrobiana.

Prejuízo à economia

O prejuízo à economia global, segundo o documento da ONU, pode ser tão catastrófico quanto a crise financeira que assolou o mundo entre 2008 e 2009. A estimativa é que, até 2030, a resistência antimicrobiana leve cerca de 24 milhões de pessoas à extrema pobreza.

*Com Agência Brasil

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.