Exército e grupo paramilitar do Sudão iniciam novo cessar-fogo de sete dias

Novo acordo foi mediado pelos Estados Unidos e pela Arábia Saudita e visa permitir o fluxo de ajuda humanitária e o restabelecimento de serviços essenciais

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2023 05h44 - Atualizado em 22/05/2023 05h47
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Reprodução/AFP conflito no sudão Grupos deverão monitorar seus combatentes e impedir atos que quebrem o acordo

O Exército do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) iniciam nesta segunda-feira, 22, um novo cessar-fogo para permitir o fluxo de ajuda humanitária e garantir a proteção de civis. A trégua foi mediada pelos Estados Unidos e Arábia Saudita. Segundo o acordo, que foi assinado na cidade de Jeddah, as hostilidades deverão cessar por uma semana, permitindo a distribuição de ajuda humanitária e a restauração dos serviços básicos. “Os dois lados acordaram em facilitar a chegada e distribuição de ajuda humanitária, restaurar os serviços básicos e retirar as forças dos hospitais”, disse um comunicado saudita-americano divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do reino árabe. “Eles também concordaram em facilitar o acesso e passagem segura para ajuda e pessoal humanitário para permitir o fluxo de ajuda sem obstáculos aos portos e aos necessitados”, acrescentou.

Essa será a primeira trégua de sete dias no país desde que o último cessar-fogo terminou no dia 11 de maio. Na ocasião, o tratado não foi respeitado pelas partes em conflito. Ficou previsto que o exército e os paramilitares deverão garantir que as forças sob seu controle “desistam de atos proibidos”. O acordo assinado em Jeddah prevê a criação de uma “Comissão de Supervisão e Coordenação”, composta por três representantes de Arábia Saudita, outros três dos Estados Unidos e três de cada uma das partes em conflito, para monitorar o cessar-fogo em todo o país. O comunicado disse esperar que as próximas negociações incluam civis e outros parceiros regionais e internacionais do país e que um “cessar-fogo permanente” possa ser discutido. Desde que começaram, os combates no Suão causaram a morte de mais de 600 civis e deixaram mais de 5 mil feridos.

*Com informações da EFE

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