Expectativa de vida mundial volta para patamar de 2012 por causa da Covid-19

Relatório da OMS apontou redução significativa na média global, que caiu para 71,4 anos; continente americano e sudeste da Ásia foram as regiões mais afetadas

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2024 23h21
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Freepik Casal de idosos à beira-mar Houve uma diminuição de 1,8 ano na expectativa de vida global entre 2019 e 2021

Quatro anos depois de a Covid-19 ser declarada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), um novo relatório foi divulgado, trazendo à luz o profundo impacto que a doença teve na expectativa de vida em todo o mundo. De acordo com o informe anual da OMS, houve uma redução significativa na expectativa de vida média global, que caiu para 71,4 anos. Isso representa uma diminuição de 1,8 ano entre 2019 e 2021, fazendo com que a expectativa de vida retornasse ao patamar observado em 2012. Além disso, a expectativa de vida saudável também sofreu uma queda, diminuindo 1,5 ano e estabilizando-se em 61,9 anos, o que nos leva de volta aos resultados vistos uma década atrás.

A pandemia, contudo, não afetou todas as regiões do mundo da mesma maneira. Enquanto o continente americano e a região sudeste da Ásia enfrentaram as maiores reduções, com uma diminuição média na expectativa de vida de cerca de três anos e na expectativa de vida saudável de 2,5 anos, a região do Pacífico Ocidental, especialmente a Oceania, foi a menos afetada. Nesta última, a expectativa de vida sofreu uma diminuição mínima de apenas 0,1 ano. Essas disparidades regionais ressaltam como o impacto da pandemia variou significativamente em diferentes partes do mundo.

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Em resposta a esses dados alarmantes, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, enfatizou a necessidade urgente de um acordo internacional que possa combater eficazmente pandemias futuras. Isso não só fortaleceria a segurança sanitária global, mas também protegeria os investimentos de longo prazo em saúde e promoveria a igualdade entre os países. Apesar de uma reunião recente em Genebra não ter culminado em um acordo definitivo, Adhanom se mantém otimista. Ele considera o encontro não como um fracasso, mas como um passo essencial para continuar as discussões em busca de um consenso global que possa prevenir novas pandemias.

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