Filha de Trump depõe perante comissão sobre o ataque ao Capitólio

Ivanka Trump foi chamada para falar sobre telefonema que o pai teria feito a Mike Pence, que certificaria resultados da eleição

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2022 22h53
MANDEL NGAN / AFP Ivanka Trump Ivanka Trump foi assessora do pai, Donald Trump, enquanto ele esteve na presidência dos Estados Unidos

Ivanka Trump, filha do ex-presidente americano Donald Trump, depôs nesta terça-feira (5) perante o comitê da Câmara dos Representantes que tenta esclarecer qual o papel do pai dela no ataque ao Capitólio. “Responde às perguntas. Sem se estender, mas responde”, disse Bennie Thompson, presidente do comitê, acrescentando que desconhece se em algum momento recorreu ao seu direito de permanecer em silêncio. A filha do ex-presidente, que foi assessora de seu pai enquanto ele esteve na Casa Branca, não foi intimada a comparecer, mas em janeiro foi convidada a fazê-lo pelo comitê da Câmara de Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados do Brasil), composto na maioria por democratas, e decidiu ir à comissão.

Os congressistas afirmavam ter provas que demonstravam que Ivanka tinha tentado convencer o pai a pedir que fosse suspensa a violência quando uma multidão de simpatizantes do ex-presidente invadiram o Congresso para evitar que os congressistas certificassem a vitória de Joe Biden. Os congressistas estão interessados em “qualquer conversa” que ela tenha testemunhado ou participado, especialmente um telefonema de Donald Trump na manhã de 6 de janeiro. Acredita-se que naquele dia Trump tentou forçar o então vice-presidente Mike Pence a parar a contagem os votos que validariam a vitória de Biden nas eleições de novembro de 2020. “A senhora estava no Salão Oval e presenciou pelo menos parte deste telefonema”, disse Bennie Thompson em sua carta convite. A comissão está concluindo a investigação e planeja realizar audiências públicas. Querem terminar o processo antes das eleições de meio de mandato em novembro. Se os democratas perderem o controle da Câmara dos Representantes nessas eleições, correm o risco de os republicanos dissolverem a comissão.

*Com informações da AFP

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