Filhas do segundo casamento de Mandela recorrerão na justiça por herança
Duas das filhas do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, Zenani e Zindzi, recorrerão no Tribunal Constitucional da África do Sul da decisão de seu pai de deixar a casa da família onde está enterrado, no seu vilarejo natal de Qunu, para um fideicomisso, informaram nesta segunda-feira veículos de imprensa locais.
As duas filhas que Mandela teve com sua segunda esposa, Winnie Madikizela-Mandela, levarão a disputa até a última instância judicial, apesar de suas reivindicações anteriores nunca terem prosperado nas diferentes batalhas judiciais empreendidas desde que sua mãe – falecida em abril deste ano – iniciou o processo, em 2014.
A notícia, publicada neste domingo pelo jornal “Sunday Times” e que repercute hoje na imprensa do país, chega dias antes de a África do Sul lembrar nesta quarta-feira o centenário do nascimento deste ícone da luta contra a segregação racial.
A propriedade de Qunu (sudeste) está atualmente sob a custódia de um fideicomisso que a administra em benefício da família Mandela, incluindo sua terceira e última esposa, Graça Machel, como administradora.
As filhas argumentam que a propriedade deveria ter passado para as mãos de sua mãe, com quem o antigo ativista foi casado de 1958 até o divórcio, em 1996.
Quando Mandela faleceu, em 2013, seu patrimônio era avaliado em mais de 3 milhões de euros, segundo seu testamento.
Winnie não estava entre os beneficiados e a propriedade de Qunu só estava no nome do seu ex-marido.
Ela, no entanto, alegava que a propriedade tinha sido adquirida quando ainda eram casados e que, portanto, tinha direitos sobre ela.
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