França decide fechar locais abertos ao público devido ao coronavírus
O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, ordenou neste sábado (14) o fechamento, a partir da meia-noite, de todos os locais abertos ao público, exceto o “não indispensável”, devido à difusão da Covid-19 nas últimas horas, o que ele atribuiu ao fato de que as instruções oficiais não estavam sendo respeitadas.
O chefe do governo francês reconheceu que “as primeiras medidas adotadas para limitar as reuniões foram aplicadas de maneira imperfeita”, o que levou a “uma aceleração da propagação do vírus e, em alguns territórios, um aumento no número de pessoas submetidas a reanimação”.
Paralelamente, o diretor-geral de Saúde, Jérôme Salomon, afirmou que o país passou para a fase 3 (de 3), tendo em conta a propagação acelerada da epidemia, o que significa que o vírus já está circulando por todo o território francês.
A partir de domingo (15), só poderão abrir no país lojas de alimentos, farmácias, postos de gasolina, bancos, tabacarias e bancas de jornais, disse o primeiro-ministro durante entrevista coletiva, onde anunciou o fechamento de bares, restaurantes, boates, cinemas e outras estabelecimentos não essenciais.
Ele observou que o transporte público também está sendo mantido aberto, embora sua frequência diminua, ao mesmo tempo em que apela aos cidadãos que limitem o deslocamento, principalmente entre as cidades.
Ao mesmo tempo, Philippe garantiu que o primeiro turno das eleições municipais, programadas para amanhã, serão realizadas pois especialistas científicos não os aconselharam a suspendê-las.
“Eles nos confirmaram que podem ser desenvolvidas respeitando estritamente as instruções de distanciamento e priorização de idosos e pessoas mais vulneráveis”, disse o chefe do governo, convencido de que os franceses mostrarão “calma e civilidade”.
Nas últimas 72 horas, a França dobrou o número de pessoas afetadas, que agora é de 4,5 mil, segundo dados oficiais, que também revelam 91 mortes, 12 a mais que no dia anterior, e 300 pacientes em estado grave.
Édouard Philippe lamentou que, após o discurso do presidente Emmanuel Macron à nação na última quinta-feira, os cidadãos não adotaram as recomendações para restringir sua vida social, a única solução que os cientistas consideram eficaz para conter infecções.
*Com EFE
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