França e Reino Unido assinam acordo para impedir migração pelo Canal da Mancha

Britânicos concordaram em pagar aos franceses US$ 74,5 milhões para frear barcos de imigrantes

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2022 18h37
REUTERS/Pascal Rossignol/Archivo frança x reino unido

Reino Unido e França assinaram um novo acordo para tentar frear a migração pelo Canal da Mancha. Os britânicos concordaram em pagar aos franceses US$ 74,5 milhões (aproximadamente R$ 400 milhões) para impedir imigrantes de cruzarem o local. Em contrapartida, a França se compromete a reforçar em 40% a presença de forças de segurança no norte de França, o que implica no envio de mais cem agentes. Além disso, pela primeira vez, equipes de observadores serão posicionadas dos dois lados do canal. “Este acordo significa que, pela primeira vez, agentes especializados do Reino Unido serão integrados aos seus colegas” da França, afirmou o ministério do Interior britânico. “Não há solução milagrosa, mas este novo acordo aumentará significativamente o número de policiais franceses patrulhando as praias do norte da França”, afirmou a secretária do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, em um comunicado divulgado após a assinatura do acordo com seu colega francês, Gerald Darmanin. Quase 40 mil pessoas atravessaram o Canal da Mancha da França para o Reino Unido desde o início do ano, a grande maioria albaneses, iranianos e afegãos. O fluxo supera amplamente os números registrados ao longo do ano passado, quando as chegadas totalizaram 28.561 pessoas. Os sucessivos governos britânicos pagaram centenas de milhões de euros à França nas últimas décadas para melhorar a segurança das costas do canal, especialmente perto do porto de Calais. Porém, no Reino Unido há um sentimento persistente de que a França não está fazendo o suficiente. A acusação é alimentada pela extrema-direita e por membros do Partido Conservador, que governa o país. O acordo é um reflexo do avanço dos laços bilaterais entre a França e o Reino Unido desde a chegada ao poder do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak.

*Com informações da AFP

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