França e UE cortam apoio financeiro ao Níger e pressionam golpistas

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2023 16h05 - Atualizado em 29/07/2023 16h07
ORTN - Télé Sahel / AFP General Abdourahamane Tiani, do Níger O general Abdourahamane Tiani comandava a Guarda Presidencial, responsável pelas Forças Armadas do Níger, desde 2011

A França anunciou neste sábado, 29, a suspensão da “ajuda ao desenvolvimento e apoio orçamentário” ao Níger, que sofreu um golpe de Estado nesta semana. Em 2022, o governo francês repassou 120 milhões de euros (R$ 625 milhões) ao país africano, que foi sua colônia até 1960. A União Europeia já havia suspendido um acordo de cooperação com o Níger e anunciado que nunca reconhecerá o governo formado por militares que depôs o presidente Mohamed Bazoum. A União Africana (UA) exigiu que os golpistas restabeleçam a ordem constitucional no país em até 15 dias. O grupo chefiado pelo então comandante da Guarda Presidencial, o general Abdourahamane Tiani, tomou a sede do governo na capital Niamey na última quarta-feira, 26, e anunciou na TV estatal que assumiu o poder devido à “deterioração da situação da segurança”, culpando grupos jihadistas.

Mohamed Bazoum é mantido refém em sua residência oficial, segundo as agências de notícias internacionais. O Níger, com população de mais de 25 milhões de pessoas e maioria islâmica, é uma das nações mais pobres do mundo e frequentemente ocupa o último lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, apesar de ser rico em urânio. Sua história política tem sido turbulenta desde quando conquistou a independência da França. O país sobreviveu a quatro golpes e inúmeras outras tentativas, incluindo duas anteriores contra Bazoum.

* Com informações de agências internacionais

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