França trabalha com Alemanha e UE por resposta “firme e única” contra tarifas dos EUA
O governo da França está trabalhando com a Alemanha e as autoridades da União Europeia uma “resposta firme e única” contra a imposição de tarifas de importação de aço e alumínio pelos Estados Unidos, de acordo com um conselheiro próximo ao presidente Emmanuel Macron.
Segundo a fonte, Macron está “extremamente mobilizado” na resposta a ser dada aos EUA. O presidente francês já havia pedido ao seu homólogo americano, Donald Trump, no mês passado a isenção permanente das tarifas de importação.
Anunciada nesta quinta-feira pela manhã (31), a medida volta a impor barreira tarifária de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre as de alumínio. Além da UE, o México e o Canadá terão de pagar a alíquota para comercializar os seus produtos siderúrgicos em solo americano.
Ao reimpor as tarifas, Trump argumentou que os governos de Bruxelas e de seus vizinhos não apresentaram avanços para diminuir a venda de produtos siderúrgicos aos EUA, o que, segundo ele, ocorreu com o Brasil, a Argentina e a Austrália. O governo americano alegou necessidade de manter a segurança nacional ao impor as tarifas.
Alemanha
O governo da Alemanha considerou que a suspensão da isenção de tarifas de importação de aço e alumínio da União Europeia pelos Estados Unidos é uma medida “ilegal”.
“Esta medida pode provocar uma perigosa espiral de escalada, que vai prejudicar a todos”, disse, em nota, a chanceler alemã, Angela Merkel.
Já o ministro de Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, disse que a União Europeia “está pronta para reagir com uma contramedida”.
Reino Unido
“O Reino Unido e os outros países da União Europeia são aliados dos Estados Unidos e deveriam ser permanentemente isentos de qualquer tarifa siderúrgica”, disse, em comunicado, o governo britânico.
O gabinete da primeira-ministra Theresa May disse ainda que “é claro para os Estados Unidos a alta importância do aço e do alumínio do Reino Unido em projetos de defesa e de empresas do país”.
A nota diz ainda que o governo britânico vai seguir trabalhando com a União Europeia e os EUA por uma saída que signifique a isenção permanente de tarifas de importação.
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