Funcionários que protestaram contra abusos acusam Google de retaliação

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2019 19h53
Reprodução/Google Uma das organizadoras disse que perdeu o cargo depois dos protestos; empresa diz que investiga alegações

Em novembro de 2018, vinte mil funcionários fizeram protestos na frente do edifício de escritórios do Google, em Londres, no Reino Unido, contra a maneira da companhia de lidar com o assédio às mulheres. Agora, num e-mail que veio a público nesta terça-feira, 23, dois dos ativistas dizem que a empresa está retaliando os organizadores.

Segundo a BBC, a ativista Claire Stapleton disse que foi rebaixada de seu cargo de gerente de marketing depois dos protestos.

“Meu gerente começou a me ignorar, meu trabalho foi dado a outras pessoas, e me falaram para pedir uma licença médica para me afastar”, escreveu Claire.

Só depois que contratei um advogado eu tive meu cargo de volta, pelo menos no papel. Mas o ambiente continua hostil”, diz ela.

Meredith Whittaker, co-autora do e-mail , disse que o papel dela na empresa mudou drasticamente.

Ela foi avisada que, para ficar na empresa, ela teria que desistir do cargo no AI Now Institute, um centro de pesquisa da Universidade de Nova York.

“Nossas histórias não são as únicas, diz Meredith no e-mail. O Google tem uma cultura de retaliação, que frequentemente tenta silenciar as mulheres, pessoas de cor e minorias de gênero”.

“Se quisermos parar com a discriminação, assédio e tomadas de decisões antiéticas, temos que acabar com a retaliação contra as pessoas que falam honestamente sobre esses problemas”.

O Google disse que proíbe retaliação no ambiente de trabalho e que investiga todas as alegações.

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