Furacão Beryl deixa sete mortos no Caribe ao avançar em direção à Jamaica

Abrigos jamaicanos estão sendo abastecidos, moradores protegeram suas casas e barcos foram retirados da água

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2024 15h27 - Atualizado em 03/07/2024 17h18
Ricardo Makyn/AFP) Ondas altas quebram ao longo da praia em Kingston, Jamaica, antes da chegada do furacão Beryl Ondas altas quebram ao longo da praia em Kingston, Jamaica, antes da chegada do furacão Beryl

O furacão Beryl avança em direção à Jamaica nesta quarta-feira (3), trazendo consigo ventos potencialmente mortais e tempestades. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, o furacão já causou a morte de pelo menos sete pessoas e danos significativos no sudeste do Mar do Caribe. Beryl é o primeiro furacão da temporada 2024 no Atlântico e deve atingir a Jamaica como uma tempestade de categoria 4. Este furacão se destacou por ser o primeiro a alcançar essa categoria em junho e a subir para categoria 5 em julho, desde o início dos registros do NHC. O órgão emitiu um alerta de furacão para a Jamaica, prevendo chuvas intensas, inundações repentinas e ventos devastadores. O país está se preparando para a chegada da tempestade: abrigos estão sendo abastecidos, moradores estão protegendo suas casas e barcos foram retirados da água.

O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, pediu à população que se prepare: “Insto todos os jamaicanos a se abastecerem com alimentos, baterias, velas e água. Protejam seus documentos importantes e removam qualquer árvore ou objeto que possa colocar em perigo sua propriedade”. Beryl também deve passar perto ou sobre as Ilhas Cayman na noite de quarta-feira ou madrugada de quinta-feira. Na República Dominicana, ondas gigantes foram registradas na costa de Santo Domingo quando a tempestade passou pelo sul do país. O furacão já deixou um rastro de destruição, com três mortos em Granada, um em São Vicente e Granadinas, e três na Venezuela. Em Granada, a ilha de Carriacou foi severamente afetada, com casas, telecomunicações e instalações de combustível destruídas. “Praticamente não temos comunicação com Carriacou há 12 horas”, informou o primeiro-ministro Dickon Mitchell.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com a região e afirmou que a entidade está pronta para apoiar as autoridades locais. Especialistas afirmam que é raro uma tempestade tão poderosa se formar tão cedo na temporada de furacões, que vai de junho a novembro. As águas do Atlântico Norte estão mais quentes do que o normal, contribuindo para a formação de furacões mais fortes. A NOAA prevê uma temporada de furacões “extraordinária”, com até sete furacões de categoria 3 ou superior.

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Simon Stiell, Secretário Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Mudança Climática (UNFCC), atribui a crescente intensidade dos desastres naturais à crise climática. “Os desastres em uma escala que costumava ser própria da ficção científica estão se tornando realidade, e a crise climática é a principal culpada”, declarou. Às 9h de Brasília desta quarta-feira, o furacão Beryl tinha ventos sustentados de 230 km/h, movendo-se em direção à Jamaica e às Ilhas Cayman. Alertas de furacões e tempestades tropicais também foram emitidos para partes do Haiti e da Península Mexicana de Yucatán.

*Com informações da AFP
Publicada por Felipe Cerqueira

 

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