G7 promete apoio indeterminado à Ucrânia e afirma que vai responsabilizar Putin por ataques indiscriminados
Líderes convocaram reunião de emergência para falar sobre os últimos ataques que destruíram as infraestruturas civis, situação que agrava o risco de falta de energia às vésperas do inverno
Os líderes do G7 se reuniram virtualmente nesta terça-feira, 11, em uma reunião de emergência originada pelos últimos bombardeios russos na Ucrânia. Eles discutiram o que mais poderiam fazer para apoiar a Ucrânia e ouviram o presidente Volodymyr Zelensky pedir sistemas de defesa aérea, que ele chamou de sua “prioridade número 1”. Os representantes, condenaram os ataques e informaram que vão continuar ajudando a Ucrânia pelo tempo que for necessário. “Continuaremos a fornecer apoio financeiro, humanitário, militar, diplomático e legal e permaneceremos firmes com a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, informou o comunicado conjunto. “Garantimos ao presidente Zelensky que estamos inabaláveis e firmes em nosso compromisso de fornecer o apoio que a Ucrânia precisa para defender sua soberania e integridade territorial”. Os líderes também condenaram os bombardeios e falaram que vão responsabilizar Putin por ataques indiscriminados. “Condenamos esses ataques nos termos mais fortes possíveis e lembramos que ataques indiscriminados contra civis inocentes são um crime de guerra”, disse o G7 em comunicado. “Faremos com que o presidente Putin e os responsáveis prestem contas”. O presidente ucraniano pediu aos seus colegas do G7 que ajudem a criar um escudo aéreo para impedir os ataques russos ao seu país, que se multiplicaram desde segunda-feira. “Peço a vocês que fortaleçam o esforço geral para ajudar financeiramente na criação de um escudo aéreo para a Ucrânia.
Milhões de pessoas agradecerão ao G7 por tal ajuda”, disse Zelensky em uma reunião virtual de emergência dos líderes do grupo dos sete países mais industrializados do mundo. O líder ucraniano disse que a Rússia iniciou um novo estágio de escalada, então novas sanções são necessárias, e pediu uma missão internacional de monitoramento na fronteira da Ucrânia com Belarus. O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, tem acusado repetidamente a Ucrânia de se preparar para atacar seu país, embora não tenha apresentado provas, e Kiev nega tal plano.O Ministério da Defesa de Belarus disse nesta terça-feira que estava iniciando o que chamou de inspeção militar: “Durante a inspeção, unidades e subunidades militares trabalharão em como assumir a prontidão para o combate”. Belarus pode enfrentar mais sanções ocidentais caso se envolva mais na Ucrânia, disse a ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, à rádio francesa, acrescentando que a Rússia violou regras da guerra com os ataques de segunda-feira. Biden já prometeu mais defesas aéreas, uma promessa que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que prolongaria o conflito. Uma declaração conjunta do G7 após a reunião alertou Belarus contra qualquer envolvimento adicional e condenou os ataques com mísseis da Rússia, dizendo que ataques a civis constituem um crime de guerra. A Rússia nega ter atacado civis deliberadamente.
*Com informações da Reuters e AFP
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