Grupo de Lima reafirma apoio a Guaidó e pede solução pacífica

  • 03/05/2019 21h07
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Eduardo Oyana/EFE Pessoas agitando bandeiras da Venezuela durante um protesto Os países participantes condenaram a repressão posta em prática pelo governo de Maduro

O grupo de Lima reafirmou nesta sexta-feira (3) o apoio às ações empreendidas nos últimos dias pelo autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó. Em nota, pediu-se o engajamento de países alinhados ao presidente Nicolás Maduro na busca de uma solução pacífica, que respeite a Constituição do país vizinho.

São integrantes a Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela. O grupo reconhece Guaidó como representante, e não Maduro. Os países participantes também condenaram energicamente a repressão posta em prática pelo governo ditatorial que, segundo eles, deixou mortos e centenas de feridos e de pessoas detidas. Segundo a ONU, os dois dias de confrontos acabaram com cinco mortos.

O grupo lamentou ainda a designação do chavista Gustavo González Lópes para assumir o Serviço Bolivariano de Inteligência. Segundo eles, a nomeação simboliza a sistemática violação dos direitos humanos perpetrada pelo governo.

O comunicado exigiu o pleno respeito à vida, à integridade e à liberdade de todos os venezuelanos, como Guaidó e os líderes das forças políticas democráticas. Também reivindicou o restabelecimento dos direitos políticos e constitucionais do vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano, e de todos os membros dessa assembleia, além da liberação imediata dos presos políticos.

Os países pediram que os membros da Força Armada Nacional Bolivariana cumpram com o mandato constitucional a serviço de sua nação e que o Tribunal Supremo de Justiça cesse o apoio e a cumplicidade com o “regime ilegítimo” de Maduro.

Reunião

O grupo de Lima concordou em propor ao grupo de Contato Internacional uma reunião urgente de ambos para buscar o retorno da democracia na Venezuela. Os países convidaram membros da comunidade internacional, inclusive aliados ao regime do ditador, como Rússia e Turquia, a “somar esforços” e favorecer o processo de transição democrática.

Eles decidiram continuar em sessão permanente e realizar a próxima reunião na cidade da Guatemala, além de fazer as gestões necessárias para que Cuba participe de negociações para resolver a crise na Venezuela.

Os países conclamaram a comunidade internacional e as Nações Unidas a aumentar a cooperação com os locais de acolhida para dar conta do êxodo massivo de venezuelanos. Os governos decidiram cooperar com os mecanismos internacionais para a luta contra a corrupção, o narcotráfico e a lavagem de dinheiro para combater o que chamaram de fontes de enriquecimento por parte de membros do governo Maduro e de seus familiares e apoiadores.

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