Guaidó diz não descartar pedido de intervenção dos EUA para derrubar Maduro na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2019 21h17
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EFE Presidente interino da Venezuela tenta possibilitar entrada de ajuda humanitária no país

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta sexta-feira (8) que não descarta autorizar uma intervenção militar dos Estados Unidos no país, com o objetivo de derrubar o ditador Nicolás Maduro do poder.

“Faremos o que for possível”, afirmou, ao responder se autorizaria intervenção estrangeira na condição de presidente interino. “Claro que é um tema muito polêmico, mas fazendo uso da nossa soberania, dentro das nossas competências, faremos o necessário.”

Guaidó declarou-se presidente interino por considerar que Maduro usurpou o cargo de presidente ao ser eleito em eleições boicotadas pela oposição e marcadas por denúncias de fraude. Ele é reconhecido por 40 países, mas não controla nenhuma instituição.

A estratégia do líder opositor do parlamento local é convencer a cúpula militar a abandonar Maduro, o que até agora não aconteceu. Maduro diz que Guaidó é uma “marionete americana” que tem por objetivo facilitar intervenção dos EUA na Venezuela.

Mais cedo, o opositor declarou que pretende organizar neste fim de semana assembleias para organizar equipes de voluntários para buscar ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos na cidade de Cúcuta, na Colômbia.

Grupos contrários a Maduro pretendem constranger o Exército a escolher entre seguir bancando Maduro ou ajudar a enfraquecê-lo, permitindo a passagem de alimentos e remédios. Oficiais da Guarda Nacional, que protegem a fronteira, tem baixas e sofrem com a crise.

O governo de Maduro já afirmou que não permitirá a entrada de comida e remédios no país, que sofre há seis anos com a escassez e a hiperinflação, às vezes com falta de itens básicos como água, sabão e papel higiênico, por que a considera pretexto para invasão americana.

“Não vamos permitir o show da ajuda humanitária falsa. Não somos mendigos. “, disse o ditador chavista. “É um jogo macabro: nos congelam o dinheiro para nos pedir migalhas.” Milhões de venezuelanos já deixaram o país desde o início da crise.

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