Hamas divulga vídeo de refém israelense-americano sequestrado há seis meses

Segundo a imprensa internacional, trata-se de Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos; ele estava no festival de música Nova, no sul de Israel, quando foi levado

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2024 16h56 - Atualizado em 24/04/2024 17h02
Anadolu Agency/Reuters refém do hamas Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, sequestrado no festival de música Nova, no sul de Israel, perto da Faixa de Gaza

O Hamas divulgou nesta quarta-feira (24) um vídeo de um refém israelense-americano sequestrado no dia 7 de outubro, quando o grupo islâmico invadiu Israel. Segundo a imprensa israelense, trata-se de Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, sequestrado no festival de música Nova, no sul de Israel, perto da Faixa de Gaza. “Fui passar um tempo com meus amigos e, em vez disso, acabei lutando por minha vida com feridas graves em todo meu corpo”, disse no vídeo. “Vocês deveriam ter vergonha de nos negligenciar junto com milhares de pessoas em 7 de outubro”, disse Goldberg-Polin, que é visto sem uma das mãos, dirigindo-se ao governo israelense no vídeo. “Todos os esforços do exército (para libertar os reféns) falharam e os ataques aéreos israelitas causaram até a morte de 70 prisioneiros como eu”, disse ele. “Faça o que é esperado de você e nos leve para casa imediatamente, ou isso é demais para você aguentar?”

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Um ataque sem precedentes de comandos islamistas em 7 de outubro no sul de Israel matou 1.170 pessoas, segundo uma contagem com base em dados oficiais. Os milicianos também sequestraram 250 pessoas, das quais 129 seguem retidas em Gaza, incluindo 34 que podem estar mortas, segundo Israel. Acredita-se que o Hamas mantenha mais de 130 reféns israelenses após o ataque de 7 de outubro. O grupo palestino exige o fim da ofensiva em curso de Israel na Faixa de Gaza em troca de qualquer acordo de reféns-prisioneiros com Tel Aviv.

Mais de seis meses após o início da guerra israelita, vastas áreas de Gaza estavam em ruínas, empurrando 85% da população do enclave para o deslocamento interno no meio de um bloqueio paralisante de alimentos, água potável e medicamentos, segundo a ONU. Israel é acusado de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça. Uma decisão provisória de Janeiro ordenou que Tel Aviv cessasse os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse prestada aos civis em Gaza.

O governo israelense está mantendo negociações indiretas com o Hamas, através de países mediadores como o Catar e o Egito, para tentar chegar a um acordo de trégua que permita a troca de alguns dos reféns por prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, mas as conversas não renderam frutos até o momento.

*Com informações da AFP, EFE e Reuters

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.