Hamas aceita libertar todos os reféns, mas quer discutir termos de paz dos EUA

Decisão é uma resposta a plano de Donald Trump para colocar fim na guerra no Oriente Médio

  • Por Sarah Américo
  • 03/10/2025 17h05 - Atualizado em 03/10/2025 17h21
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EFE/EPA/ABIR SULTAN Refém Hamas Tel Aviv (Israel), 12/05/2025.- As pessoas reagem ao se reunirem para assistir a uma transmissão ao vivo em uma tela grande informando sobre a libertação do soldado israelense-americano refém Edan Alexander, na praça dos reféns fora da base militar de Kirya em Tel Aviv, Israel, 12 de maio de 2025. De acordo com as forças de defesa israelenses, cerca de 58 reféns permanecem em cativeiro do Hamas. EFE/EPA/ABIR SULTAN

O Hamas anunciou nesta sexta-feira (3) que está disposto a libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, contudo, para que isso aconteça, é preciso que ocorra sob os termos de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O grupo terrorista também disse, em comunicado, que está disposto a discutir todos os termos do plano imposto pela Casa Branca, e está disposto a entrar imediatamente, mas ainda não significa que tenham aceitado tudo o que foi apresentado pelos Estados Unidos. O grupo terrorista informou ainda que aceitaria entregar o governo da Faixa de Gaza a um órgão independente formado por tecnocratas palestinos, “base com consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico”.

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Nesta sexta, Trump emitiu um ultimato ao Hamas para que aceite seu acordo de paz em Gaza até 19h00 de domingo (horário de Brasília), sob pena de enfrentar um “inferno total”. O Hamas tem até “domingo à noite, às 18h (horário de Washington, D.C.)”, publicou Trump em sua plataforma Truth Social. “Se este ACORDO FINAL não for alcançado, um INFERNO TOTAL, como ninguém jamais viu, se desencadeará sobre o Hamas”, disse ele. Trump pediu aos “palestinos inocentes” que evacuem uma área não especificada, antecipando um possível ataque às forças remanescentes do Hamas.

O grupo terrorista, por sua vez, tinham pedido mais tempo para estudar o plano de paz para Gaza apresentado por Trump e apoiado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “O Hamas continua em consultas sobre o plano de Trump (…) e informou aos mediadores que as consultas continuam e que é necessário mais tempo”, declarou sob anonimato o membro da alta cúpula à AFP. O plano esboçado pelo presidente americano prevê um cessar-fogo, a libertação dos reféns israelenses em 72 horas, o desarmamento do Hamas e a retirada gradual do Exército de Israel de Gaza.

*Em atualização

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