Homem que matou três pessoas em atentado em Paris afirma que agiu por racismo

Ataque foi realizado em reduto curdo na capital francesa; suspeito é um condutor de trem aposentado de nacionalidade francesa

  • Por Jovem Pan
  • 24/12/2022 11h16
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Thomas Samson/AFP Manifestantes diante de policiais de choque após declaração do ministro do Interior francês, Gerald Darmanin (invisível), no local onde vários tiros foram disparados ao longo da rue d'Enghien Manifestantes protestam em Paris no local onde houve um ataque a pessoas de origem curda

O homem de 69 anos acusado de matar três pessoas na sexta-feira perto de um centro cultural curdo de Paris afirmou a um policial que abriu fogo no local por racismo. O ataque aconteceu pouco antes do meio-dia na rua Enghien, perto de um estabelecimento cultural curdo, em um bairro com muitos bares, estabelecimentos comerciais e moradores desta comunidade, em pleno centro da capital francesa. O suspeito, um condutor de trem aposentado de nacionalidade francesa e foi paralisado por várias pessoas antes da intervenção da polícia, assumiu-se “racista” — e mostrou certo orgulho por isso. A polícia o investiga por assassinato, tentativa de assassinato, violência com arma e violações de cunho racista da legislação de armas, uma “circunstância que não altera a pena máxima” pela qual o suspeito está exposto, “que continua sendo a prisão perpétua”, afirmou o Ministério Público.

O homem foi detido com “uma maleta com dois ou três carregadores repletos, uma caixa de cartuchos calibre 45 com pelo menos 25 cartuchos dentro”, segundo a mesma fonte. O ataque matou uma mulher e dois homens e deixou três feridos, um deles em estado grave. A mulher que morreu no ataque, Emine Kara, era uma líder do Movimento das Mulheres Curdas na França, segundo o Conselho Democrático Curdo da França (CDK-F). Ela havia solicitado asilo político, mas o pedido foi rejeitado. Os dois homens mortos são Abdulrahman Kizil, “um cidadão curdo comum”, e Mir Perwer, artista curdo, refugiado político, que era “perseguido na Turquia por sua arte”, segundo o CDK-F.

*Com informações da AFP

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