‘Humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear’, diz ONU sobre situação em Zaporizhia

Antonio Guterres afirmou que qualquer ataque na região é ‘suicida’ e pediu à Kiev e Moscou que deixem a AIEA acessar o local para fazer analises e realizar manutenção da maior usina da Europa

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2022 11h33 - Atualizado em 08/08/2022 11h36
REUTERS/Alexander Ermochenko maior usina nuclear da europa Usina nuclear de Zaporizhzhia, perto de Enerhodar, na Ucrânia

A situação na maior usina nuclear da Europa, a central nuclear de ‘Humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear’, diz ONU sobre situação em Zaporizhia, segue sendo o atual epicentro do conflito entre Rússia e Ucrânia que se acusam constantemente de estarem realizando ataques na região. Nesta segunda-feira, 8, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que o bombardeio das instalações da central nuclear “por parte das Forças Armadas ucranianas é uma atividade potencialmente extremamente perigosa… que pode ter consequências catastróficas para uma vasta região, incluindo o território da Europa” e pediu que os aliados da Ucrânia “utilizem sua influência para evitar a continuidade dos bombardeios”. Após o novo ataque na região, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que faz fortes criticas a situação na usina sem culpar nenhum dos lados, declarou em uma entrevista coletiva em Tóquio que “qualquer ataque contra uma central nuclear é uma coisa suicida” e que espera “que os ataques terminem” e “que a AIEA consiga ter acesso ao local”, disse e acrescentou que a “humanidade está a apenas um mal-entendido, a um erro de cálculo da aniquilação nuclear”. Ele também aproveitou o momento para pedir ao mundo para se desfazer de suas armas nucleares, “a única garantia de que nunca serão utilizadas”.

O secretário-geral da ONU fez as declarações depois de visitar Hiroshima no fim de semana, onde discursou por ocasião do aniversário de 77 anos do primeiro ataque com bomba atômica no mundo. Com os mais recentes ataques, Kiev alertou sobre o risco de uma catástrofe ao estilo de Chernobyl e defendeu que a área se torne uma zona desmilitarizada. “A decisão que exigimos da comunidade mundial e de todos os nossos parceiros… é retirar os invasores do território da usina e criar uma zona desmilitarizada no território da usina”, afirmou Petro Kotin, chefe da empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia. “A presença de forças de paz nesta região e a transferência do controle para elas, e também o controle da usina para o lado ucraniano resolveriam esse problema.”, acrescentou. Ele também pediu que uma equipe de forças de paz seja implantada no local de ‘Humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear’, diz ONU sobre situação em ‘Humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear’, diz ONU sobre situação em Zaporizhia, que ainda é administrado por técnicos ucranianos. Segundo Kiev, os novos bombardeios na área da usina danificou três sensores de radiação, com dois trabalhadores hospitalizados por ferimentos causados ​​por estilhaços.

Usina Ucrania

Rússia e Ucrânia trocam acusaões de ataques a usina nuclear em Zaporizhia, o novo epicentro da guerra │Zaporizhzhia NPP / ESN / AFP

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que disparos ucranianos danificaram linhas de alta tensão que atendem à usina da era soviética e a forçou a reduzir a produção em dois de seus seis reatores para “evitar interrupções”. A central nuclear de ‘Humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear’, diz ONU sobre situação em Zaporizhia está sob controle dos russos desde março, o que, segundo declaração do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, complica o acesso à região para realizar reparos e manutenção, coisa que não acontece desde que o conflito começou. “Ir até o local é muito complexo porque requer o acordo e a cooperação de vários atores”, em particular de Ucrânia e Rússia, e o apoio da ONU, já que a usina encontra-se em uma zona de guerra, disse Grossi. “Estou tentando colocar uma missão em andamento o mais rápido possível”, acrescentou. Na semana passada, o diretor-geral da AIEA chegou a declarar que a situação na região estava fora de controle e que todos “os princípios de segurança foram violados de uma forma ou outra. E não podemos permitir que isso continue acontecendo”. O pior desastre nuclear civil do mundo ocorreu em 1986, quando um reator no complexo de Chernobyl, no noroeste da Ucrânia, explodiu. Guterres disse que a Agência Internacional de Energia Atômica precisa de acesso à usina de ‘Humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear’, diz ONU sobre situação em Zaporizhia. “Apoiamos totalmente a AIEA em todos os seus esforços em relação a criar as condições para a estabilização da usina”, declarou.

*Com informações da Reuters e AFP

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