Hungria proíbe Parada do Orgulho em repressão à comunidade LGBTQIA+

Medida do governo do primeiro-ministro Viktor Orbán integra a ofensiva contra direitos LGBTQIA+, após proibição da Parada de Budapeste em junho que, ainda assim, ocorreu com número recorde de participantes

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2025 12h25
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Attila KISBENEDEK / AFP Pessoas carregam uma bandeira do arco-íris enquanto participam da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no centro de Budapeste, em 28 de junho de 2025, quando a prefeitura da capital organizou esta marcha pela comunidade LGBTQIA+, celebrando a liberdade, em uma tentativa de burlar uma lei que permite à polícia proibir marchas LGBTQIA+. O primeiro-ministro húngaro anunciou que a polícia não "interromperá" a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de sábado, apesar de ter emitido uma proibição, mas alertou os participantes e organizadores sobre as consequências legais. Sua coalizão governista alterou leis e a constituição no início deste ano para proibir a celebração anual, dando continuidade à sua repressão aos direitos LGBTQIA+, amplamente condenada e que já dura anos, em nome da "proteção à criança". (Foto de Attila KISBENEDEK / AFP) Pessoas carregam uma bandeira do arco-íris enquanto participam da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no centro de Budapeste, em 28 de junho de 2025, quando a prefeitura da capital organizou esta marcha pela comunidade, celebrando a liberdade, em uma tentativa de burlar uma lei que permite à polícia proibir marchas 

A polícia da Hungria proibiu uma Parada do Orgulho planejada para 4 de outubro na cidade de Pécs, que os organizadores descrevem como o único desfile relevante anual da comunidade LGBTQ+ fora da capital. A medida chega após o governo do primeiro-ministro Viktor Orban, que conduz uma ofensiva contra os direitos LGBTQ+, proibir a Parada de Budapeste em junho, que, no entanto, ocorreu com um número recorde de participantes.

As autoridades justificaram a decisão citando emendas a leis e à Constituição aprovadas este ano que tornam ilegal a realização de reuniões que promovam a homossexualidade. Orban invocou a “proteção infantil” para justificar sua campanha de anos contra os direitos LGBTQ+ neste país membro da União Europeia.

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“Não seremos silenciados. Não nos deixaremos intimidar. Não permitiremos que nossos direitos sejam pisoteados”, disseram os organizadores da Diverse Youth Network em um comunicado, prometendo seguir em frente com a celebração na data original. A proibição da Parada de Budapeste foi vista como um retrocesso para os direitos LGBTQ+ na UE e gerou críticas por parte dos líderes do bloco.

*Com informações da AFP

 

 

 

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