Imigração será tema da mensagem do papa para o 1º de janeiro

  • Por Agência EFE
  • 24/11/2017 11h54
EFE/EPA/ANGELO CARCONI EFE/EPA/ANGELO CARCONI Nesta mensagem, que este ano tem o título de "Imigrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz", o papa adverte que "migrações globais continuarão a marcar o nosso futuro"

O Vaticano divulgou nesta sexta-feira a mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2018 e na qual ele critica quem espalha o medo contra os imigrantes.

“Quem fomenta o medo contra os imigrantes, talvez com fins políticos, em vez de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande preocupação”, escreve o pontífice.

Nesta mensagem, que este ano tem o título de “Imigrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz”, o papa adverte que “migrações globais continuarão a marcar o nosso futuro”. Francisco começa o texto lembrando os mais de 250 milhões de imigrantes que existem atualmente no mundo, dos que 22,5 milhões são refugiados.

“Muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manter longe da meta”, explica.

Francisco lembra que os governantes têm uma responsabilidade concreta e precisam garantir direitos e desenvolvimento harmônico. Segundo ele, muitos países tratam o tema como uma ameaça.

“Em muitos países de destino, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a todos, enquanto filhos e filhas de Deus”, diz ele.

No texto, Francisco ressalta ainda que é necessário “acolher, proteger, promover e integrar” essas pessoas e depois descreve cada um dos tópicos detalhadamente.

“Almejo do fundo do coração que seja este espírito a animar o processo que, no decorrer de 2018, levará à definição e aprovação por parte da Organização das Nações Unidas de dois pactos globais: um para migrações seguras, ordenadas e regulares, outro com referência aos refugiados. Enquanto acordos partilhados a nível global, estes pactos representarão um quadro de referência para propostas políticas e medidas práticas”, explica ele.

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