Índia autoriza hidroxicloroquina para prevenir infecção pelo coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2020 14h01 - Atualizado em 23/03/2020 14h03
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Jagadeesh NV/EFE Até o momento, a Índia já até registrou mais de 400 casos e sete mortes por Covid-19

O Conselho de Pesquisa Médica da Índia deu luz verde para a utilização da hidroxicloroquina, um medicamento de combate à malária, para prevenir o coronavírus entre a população de alto risco, como funcionários do setor da saúde que convivam com pessoas infectadas. O objetivo é tentar conter a propagação do vírus no país, que registrou até o momento mais de 400 casos e sete mortes.

“O Grupo de Trabalho Nacional para a Covid-19, constituído pelo Conselho de Pesquisa Médica da Índia, recomenda o uso de hidroxicloroquina para a prevenção da infecção”, divulgou o Ministério da Saúde do país asiático, por meio de comunicado.

Em entrevista coletiva, o secretário adjunto da pasta, Lav Aggarwal, explicou que o medicamento só é recomendado para membros de equipes de saúde e outras pessoas que estejam acompanhando um paciente com a enfermidade. “Somente eles podem tomar essa medicação, como medida de prevenção”, explicou o integrante do Ministério da Saúde, que destacou não se tratar de uma cura para a Covid-19.

A Índia se soma assim aos Estados Unidos, ao Brasil e a um grupo de países europeus liderados pela França, que enxergam na hidroxicloroquina um movimento de avanço na luta contra o novo coronavírus.

Segundo o Conselho de Pesquisa Médica, foi comprovado que o medicamente é efetivo contra o vírus em estudos de laboratório e estudos ‘in vitro’. O órgão ligado ao governo indiano recomendou que a dose, a quem o medicamento for prescrito, seja de 400 gramas duas vezes por dia e apenas um dia por semana, durante de três a sete semanas.

“A OMS já iniciou grandes testes com esse medicamento, que mostrou benefícios, mas a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA ainda não o aprovou. É geralmente usado para doenças autoimunes, incluindo artrite reumatoide”, explicou Nadeem ur Rehman, consultor do grupo de saúde privada de Medanta.

“É um medicamento de primeira linha e, se as pessoas começarem a comprá-lo em grandes quantidades e armazená-lo, isso criará um problema e privará os necessitados”, alertou.

A medida foi tomada pelas autoridades de saúde indianas em um dia em que o número de casos positivos no país chegou a 415, quase o dobro registrado na sexta-feira, e em que a sétima morte relacionada ao Covid-19 foi confirmada na Índia.

*Com informações da Agência EFE

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