Indonésia supera mil mortos por inundações, e mais de 200 pessoas continuam desaparecidas

Até a sexta-feira passada, dois terços da região de Aceh continuavam sem eletricidade, enquanto a imprensa local alertava sobre o atraso ou a falta de ajuda em alguns abrigos

  • Por Jovem Pan*
  • 13/12/2025 12h11
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CHAIDEER MAHYUDDIN / AFP Esta imagem mostra uma vista aérea de membros do Corpo de Brigada Móvel da Indonésia utilizando elefantes de Sumatra para ajudar na remoção de destroços de árvores após enchentes repentinas em Meureudu, distrito de Pidie Jaya, província de Aceh, em 8 de dezembro de 2025. Autoridades em áreas da Indonésia atingidas por enchentes relataram escassez de alimentos, abrigo e medicamentos, enquanto o número de mortos chegou a 950 em 8 de dezembro, após semanas de fortes chuvas. Esta imagem mostra uma vista aérea de membros do Corpo de Brigada Móvel da Indonésia utilizando elefantes de Sumatra para ajudar na remoção de destroços de árvores após enchentes repentinas em Meureudu, distrito de Pidie Jaya, província de Aceh, em 8 de dezembro de 2025. Autoridades em áreas da Indonésia atingidas por enchentes relataram escassez de alimentos, abrigo e medicamentos, enquanto o número de mortos chegou a 950 em 8 de dezembro, após semanas de fortes chuvas.

Autoridades da Indonésia anunciaram neste sábado que o total de mortes confirmadas pelas enchentes na ilha de Sumatra (oeste) subiu para 1.006, enquanto equipes de resgate ainda procuram 217 desaparecidos em áreas devastadas por deslizamentos de terra e colapso de infraestrutura.

A agência indonésia de gestão de desastres, BNPB, afirma que cerca de 5.400 pessoas ficaram feridas, algumas gravemente, nas três províncias que foram devastadas pela tempestade desde o final de novembro: Sumatra do Norte, Sumatra Ocidental e Aceh, a única do arquipélago que aplica a lei islâmica (sharia).

Na última semana, esses números aumentaram mais lentamente, depois que o número de feridos e mortos subiu rapidamente no início, quando as equipes de emergência lidaram durante dias com o transbordamento de rios, ventos fortes e chuvas intensas.

Até a sexta-feira passada, dois terços da região de Aceh continuavam sem eletricidade, enquanto a imprensa local alertava sobre o atraso ou a falta de ajuda em alguns abrigos, onde o governo mantém mais de 200 mil pessoas.

O presidente indonésio, Prabowo Subianto, visitou Sumatra na véspera e prometeu que o governo ajudará os mais de três milhões de afetados pelo mau tempo, especialmente as milhares de famílias que perderam suas casas.

“O governo continuará ajudando a todos. Peço desculpas se algumas áreas ainda não receberam ajuda. Estamos trabalhando arduamente”, disse Prabowo durante uma visita às áreas afetadas, citado pela agência pública “Antara”.

Além disso, a BNPB anunciou que criará abrigos integrados que incluirão, em um mesmo local, refeitórios, serviços de saúde, instalações sanitárias, opções educacionais para crianças e serviços de apoio para a recuperação psicossocial e traumatológica.

A tempestade, impulsionada pela presença de um tufão no estreito de Malaca, afetou cerca de 3,5 milhões de pessoas nesta ilha, onde foram destruídas cerca de 600 escolas, 400 templos, 200 centros de saúde e mais de uma centena de pontes.

O governo do ex-militar Prabowo insiste em sua capacidade de resolver a emergência e se opõe à proposta de várias ONGs de pedir ajuda internacional para intensificar a atenção aos danos e vítimas em Sumatra.

Além da Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo, também foram registradas graves inundações nas últimas semanas na Tailândia, com pelo menos 276 mortos, e no Sri Lanka, onde o total de mortes confirmadas é de 640, com 211 desaparecidos

*EFE

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