Indonésia: terceira maior democracia do mundo decidirá presidente nesta quarta-feira
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Mais de 190 milhões de pessoas vão às urnas na Indonésia nesta quarta-feira, 17, para escolher o próximo presidente depois de uma campanha eleitoral que focou mais em ideologias e menos em políticas, segundo a Al Jazeera.
A corrida é entre o atual presidente, Joko Widodo, que está tentando se colocar como progressivo mas religioso, com um slogan de campanha “Advancing Indonésia” (algo como “Indonésia em Avanço”), e Prabowo Subianto, quem foi acusado de abusos dos direitos humanos e concorreu contra Widodo em 2014.
Widodo diz que é nacionalista e devoto. Quando ganhou as eleições em 2014, ele gerou comparações com o então presidente americano Barack Obama.
Como Obama, ele era um homem simples, “filho da favela”, carismático e com promessas de incrementar o mercado de trabalho e acabar com a corrupção. O povo o escolheu, em detrimento do oponente militar, Prabowo Subianto.
Widodo é o favorito nas pesquisas, embora dessa vez a batalha seja diferente. O atual presidente enfrenta críticas severas de analistas e ex-apoiadores que dizem que ele falhou em entregar o que prometeu e comprometeu seus valores de pluralismo para alcançar pontos políticos.
A escolha de Jokowi, como é chamado, de um clérigo muçulmano para vice, por exemplo, talvez mude a decisão de pessoas que votaram nele em 2014 por seu comprometimento com a liberdade religiosa. Por outro lado, algumas críticas dizem respeito a ele não ser “muçulmano o suficiente” para comandar o país.
A Indonésia é a terceira maior democracia do mundo. Por 32 anos, o país foi governado por Suharto, um ditador autoritário que usou as forças armadas para manter o país vigiado.
Depois de ele ter sido tirado do cargo em 1998 por um caos político, a Indonesia trouxe novas reformas, incluindo limite do mandato presidencial e aumentando a liberdade de imprensa.
Prabowo, o segundo na linha de preferência, foi genro de Suharto. O candidato número dois disse que traria de volta a reforma democrática e reinstalaria a supremacia do presidente.
Widodo, por outro lado, foi o primeiro presidente do país sem ligação com as Forças Armadas ou com a elite tradicional da Indonésia.
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