Insegurança alimentar atinge 11,5 milhões na África Oriental, diz ONU
Quase 11,5 milhões de pessoas estão atualmente em situação de insegurança alimentar e precisam de assistência urgente no Quênia, Etiópia, Somália e Uganda, devido a atual temporada de chuvas que tem sido a mais baixa em algumas regiões.
Trata-se de um total de 11,4 milhões de pessoas, de acordo com informações conjuntas publicadas neste sábado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA).
É um número, no entanto, inferior ao de pessoas que precisaram de ajuda na última seca, a 2016-2017, mas a situação poderia piorar pelas previsões na Somália, Quênia, noroeste de Uganda e sudeste da Etiópia.
De acordo com essas agências, a atual estação chuvosa, que deveria ter começado em abril, mas que atrasou em um mês e meio em alguns casos, foi a temporada menos chuvosa em diversos pontos desde 1981.
Estima-se que 785 mil crianças necessitarão de tratamento para desnutrição aguda nesses quatro países ao longo do ano.
As agências alertam que se não agir a tempo, o pior dos cenários pode deixar entre 2,6 e 5,6 milhões em crise de segurança alimentar e até um milhão de crianças de menos de 5 anos necessitarão de tratamento para a desnutrição aguda.
Na pior seca sofrida pela região nos últimos anos, a de 2017, a fome aumentou na África Subsaariana até afetar 237 milhões de pessoas, o que representa 20% da sua população, segundo um relatório divulgado hoje por várias agências da ONU.
Com Agência EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.