Irã nega tentativa de intervir ciberneticamente nas eleições dos EUA

Denúncia americana coincidiu com o 71º aniversário do golpe de Estado perpetrado pelos Estados Unidos contra o primeiro-ministro iraniano, Mohammed Mossadegh, em 1953

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2024 10h12
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EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH Teerã (Irã (República Islâmica do)), 19/08/2024.- Um homem iraniano passa por uma pintura de parede de soldados revolucionários iranianos na Praça Palestina em Teerã, Irã, 19 de agosto de 2024. A tensão continua alta entre o Irã e Israel desde que o falecido líder do Hamas Ismail Haniyeh foi morto em Teerã em 31 de julho de 2024, enquanto o líder iraniano, o aiatolá Khamenei, prometeu uma "A República Islâmica do Irã não tem intenção nem razão para interferir nas eleições presidenciais dos EUA”, afirmou a Missão Permanente do Irã na ONU

O Irã negou nesta terça-feira (20) que esteja tentando intervir com atividades cibernéticas nas próximas eleições dos Estados Unidos para moldar o resultado de acordo com os seus interesses, segundo denunciaram ontem agências de inteligência americanas. “Essas alegações são infundadas e desprovidas de qualquer fundamento. Como afirmamos anteriormente, a República Islâmica do Irã não tem intenção nem razão para interferir nas eleições presidenciais dos EUA”, afirmou a Missão Permanente do Irã na ONU, segundo informou a agência estatal iraniana “IRNA”.

“Se o governo dos EUA acredita genuinamente na validade das suas afirmações, deveria fornecer-nos evidências pertinentes, se houver, às quais responderemos em conformidade”, acrescentou a sede diplomática iraniana. O FBI, o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) e a Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança (CISA) denunciaram ontem que o Irã aumentou suas tentativas de intervir nas próximas eleições do país para moldar o resultado de acordo com seus interesses, uma atividade que inclui aquelas relatadas recentemente pela campanha do candidato presidencial republicano Donald Trump.

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“Observamos uma atividade iraniana cada vez mais agressiva durante este ciclo eleitoral, envolvendo especificamente operações de influência visando o público americano e operações cibernéticas visando campanhas presidenciais”, afirmou um comunicado conjunto das agências. Além disso, asseguraram estar convencidas de que o governo iraniano, através de engenharia social e outros esforços, tem procurado pessoas com acesso direto às campanhas presidenciais dos republicanos e democratas, com o objetivo de influenciar o processo eleitoral. A denúncia americana coincidiu com o 71º aniversário do golpe de Estado perpetrado pelos Estados Unidos contra o primeiro-ministro iraniano, Mohammed Mossadegh, a favor do xá Mohammad Reza Pahlavi, em 1953.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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