Irã repudia decisão de Reino Unido de incluir Hezbollah em lista de terroristas
O Ministério das Relações Exteriores do Irã enviou uma mensagem neste sábado, 2, em resposta à decisão do Reino Unido de colocar o grupo xiita libanês Hezbollah em sua lista de grupos terroristas. O comunicado dizia que Teerã via o Hezbollah como um grupo legítimo, que está dentro da legalidade.
O porta-voz do ministério, Bahram Qasemi afirmou que o o grupo tem uma base social e popular grande, e, como outros partidos políticos no Líbano, participa das eleições e de atividades oficiais, com uma apresença ativa, principalmente nas eleições municipais.
Qasemi enfatizou que atualmente o Hezbollah tem várias cadeiras no Parlamento e está presente no gabinete de governo.
“Devido à sua brilhante história em defesa à soberania e integridade territorial do Líbano contra a ocupação e agressão sionista é respaldado por uma ampla gama de forças no país e na região”, disse o porta-voz, que também alertou no comunicado o fato de o próprio Hezbollah ser “vítima de terrorismo sionista e takfiri” (extremistas sunitas).
“Durante a última década, foi um dos pilares e elementos-chave da luta contra o terrorismo e a derrota dos grupos terroristas na região, incluindo o Estado Islâmico”, analisou.
O Hezbollah é um grupo apoiado pelo Irã e que lutou na guerra síria ao lado de Bashar al-Assad, presidente sírio, e seus aliados, para erradicar a presença do Estado Islâmico na região. Ele recebe apoio financeiro do governo do Irã.
A decisão do Reino Unido tem raizes na preocupação de que o Hezbollah ainda seja um grupo com fortes conexões com o crime organizado, principalmente no Oriente Médio, mas também na América Latina.
A medida do Reino Unido, que entrou em vigor na sexta-feira, 1, estabelece como crime punível com até dez anos de prisão ser membro ou incitar apoio a esta organização.
No dia 13 de novembro de 2018, os Estados Unidos incluíram Jawad Nasrallah, o filho do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em sua lista de terroristas. Apoiadores do grupo saíram nas ruas de Beirute, capital do Líbano, para protestar.
O Hezbollah é um grande inimigo de um aliado dos EUA, Israel.
*Com EFE
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