Israel ameaça Hamas com resposta ‘dolorosa’ se violência continuar em Gaza

  • Por Jovem Pan
  • 14/10/2018 16h18 - Atualizado em 14/10/2018 16h18
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Pixabay Bandeiras de Israel ao vento "Se os ataques não pararem, terão que ser detidos de outro modo, e será doloroso. Muito doloroso", declarou Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou neste domingo dar uma “resposta dolorosa” ao Hamas em Gaza se a violência não acabar na fronteira, onde acontecem protestos nos quais sete palestinos morreram na última sexta-feira.

“Se os ataques não pararem, terão que ser detidos de outro modo, e será doloroso. Muito doloroso”, declarou Netanyahu na reunião semanal de seu gabinete, em referência a uma grande operação militar que Israel pode realizar em Gaza.

“Se o Hamas tem alguma sanidade, irá parar”, declarou o premiê israelense, antes de advertir que Israel está muito perto de empreender “outro tipo de atividade” contra o movimento islamita, que controla o enclave litorâneo.

Na última sexta-feira, sete palestinos morreram nos protestos da Grande Marcha do Retorno, três deles quando cerca de 20 manifestantes cruzaram a fronteira com Israel após uma explosão ter aberto um buraco na cerca de separação.

A maioria retornou a Gaza após os disparos de advertência dos soldados israelenses, mas os três que não o fizeram e se aproximaram dos militares foram abatidos, informou o exército.

Além disso, 154 pessoas foram baleadas, entre elas 50 menores, dez mulheres, dois médicos voluntários e um jornalista local, segundo fontes palestinas.

O líder do movimento islamita, Ismail Haniye, por sua vez, anunciou ontem que as manifestações continuarão até que termine “o assédio a Jerusalém, Al Aqsa e toda a terra da Palestina”.

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, deteve ontem a entrada em Gaza de caminhões com combustível que passam por Israel, como resposta às agressões.

“Até que a violência na Faixa de Gaza seja contida completamente, incluindo o lançamento de balões incendiários e a queima de pneus perto das comunidades israelenses, o fornecimento de combustível e gás a Gaza não será retomado”, Lieberman.

Anteriormente, Israel havia permitido que centenas de litros de combustível comprados pelo Catar entrasse na Faixa para aliviar os cortes de energia que sofrem seus habitantes, que em média dispõem de apenas quatro horas de eletricidade por dia.

Israel submete a Faixa de Gaza a um bloqueio por terra, mar e ar desde 2007, quando o Hamas tomou o poder e expulsou à força o partido do presidente palestino, Mahmoud Abbas, o Al Fatah.

*Com informações da Agência EFE.

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