Israel arma 97 comunidades do norte do país com 9.000 fuzis

Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse na semana passada que, com as suas ‘missões’ em Gaza quase cumpridas, o foco de Israel está mudando para o norte da região

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2024 10h43 - Atualizado em 16/09/2024 15h04
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EFE/Ejército Israelí Uns 25 palestinos morreram em Gaza nas últimas 12 horas por causa dos bombardeios israelenses, que foram especialmente letais nos acampamentos de refugiados do centro do enclave de Nuseirat e Bureij e na capital, Ciudad de Gaza, segundo denunciaram medios palestinos neste sábado . Nestes 11 meses de troca de tiros, mais de 650 pessoas morreram em ambos os lados da fronteira

O Ministério da Defesa de Israel anunciou nesta segunda-feira (16) a distribuição de cerca de nove mil fuzis de assalto para grupos civis de defesa do norte do país, em plena escalada com o grupo xiita Hezbollah, com presença no sul do Líbano. Em um comunicado, a pasta de Defesa explicou que, juntamente com as Forças Armadas israelenses, investiu cerca de 50 milhões de shekels (cerca de R$ 80 milhões) em fuzis ARAD de fabricação israelense, que serão distribuídos entre 97 “equipes de resposta rápida” em vários comunidades do norte do país.

Além disso, destacou que está em curso uma segunda fase de rearmamento para equipar as comunidades nas Colinas de Golã sírias ocupadas e que, uma vez concluída, cerca de 120 equipes civis no norte estarão totalmente equipadas. As “equipes de resposta rápida”, como Israel as chama, são unidades civis que atuam em coordenação com o Exército em diversas comunidades, incluindo alguns assentamentos judeus ilegais na Cisjordânia ocupada. Durante os ataques do Hamas de 7 de outubro, em que cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 raptadas (dando origem à ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza), vários membros destas equipes, mal equipadas na altura, morreram defendendo comunidades fronteiriças.

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Desde então, as autoridades israelenses rearmaram estes grupos e ampliaram a iniciativa ao norte, onde o constante fogo cruzado com o Hezbollah ameaça conduzir a um conflito aberto. Israel tem estado envolvido em uma intensa troca de hostilidades com o Hezbollah desde 8 de outubro, quando o grupo libanês começou a lançar ataques em solidariedade às milícias palestinas na Faixa de Gaza. Apenas na manhã de domingo, o Exército israelense detectou o lançamento de cerca de 40 projéteis procedentes do Líbano e dirigidos contra áreas da Alta Galileia e das Colinas de Golã, depois de também ter identificado outros 55 no sábado. Nenhum dos ataques deixou vítimas.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse na terça-feira passada que, com as suas “missões” em Gaza quase cumpridas, o foco de Israel está mudando para o norte do país, onde o constante fogo cruzado com o Hezbollah forçou cerca de 60.000 pessoas a viverem evacuadas em hoteis ou casas de familiares por todo o país. Nestes 11 meses de troca de tiros, mais de 650 pessoas morreram em ambos os lados da fronteira, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que já confirmou cerca de 400 baixas, algumas também na Síria. Em Israel, 50 pessoas morreram no norte: 24 militares e 26 civis, incluindo 12 menores em um ataque nas Colinas de Golã sírias ocupadas.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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