Israel bombardeia a fronteira de Gaza com o Egito três vezes em 24 horas

Exército israelense disse que não pode ‘confirmar nem negar’ a ocorrência desses ataques; região é a única saída do enclave palestino

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2023 13h55
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SAID KHATIB / AFP fronteira egito e israel Caminhões deixam a fronteira de Rafah, em Gaza, com o Egito, durante um ataque aéreo israelense

A Força Aérea de Israel bombardeou três vezes, em 24h, o posto fronteiriço de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, informou uma ONG nesta terça-feira, 10. Esse ponto de passagem é a única saída do enclave palestino que não é controlada por Israel. Nesta terça-feira, 10, seu lado palestino foi bombardeado duas vezes, interrompendo o trânsito de famílias que saíam de ou chegavam ao enclave palestino, disseram várias testemunhas. O Exército israelense disse, contudo, que neste momento não pode “confirmar nem negar” a ocorrência desses bombardeios. A ONG egípcia Sinai for Human Rights afirmou que o bombardeio “causou um novo fechamento do ponto de passagem”. Nenhuma das partes confirmou essa informação. Testemunhas relataram que os funcionários egípcios do posto fronteiriço deixaram os edifícios onde trabalham e que vários ônibus que transportavam famílias palestinas do Egito para Gaza deram meia-volta.

O posto de Rafah já havia sido fechado na noite de segunda-feira, temporariamente, após um primeiro bombardeio israelense, segundo uma fonte de segurança egípcia e testemunhas. A Faixa de Gaza está sujeita a um rígido bloqueio imposto por Israel desde 2007, mas o Egito – primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel – costuma manter aberto o posto fronteiriço de Rafah. Poucos habitantes do enclave obtêm a autorização necessária para utilizá-lo e, quando concedida, isso costuma acontecer por razões médicas. Desde sábado, 7,  mais de 1.800 pessoas morreram por causa da ofensiva lançada pelo movimento islâmico palestino Hamas contra Israel e pela resposta do Exército israelense a esse ataque. São mil vítima em território israelense e 830 na Faixa de Gaza, além dos 17 na Cisjordânia ocupada.

*Com informações da AFP

 

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