Israel e Hamas prorrogam trégua por mais dois dias e fecham acordo de nova troca de reféns por presos palestinos

Segundo o Egito e Catar, serão 20 sequestrados por 60 prisioneiros; além da troca, também será mantida a entrada de ajuda humanitária, médica e de combustível em todo o enclave

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2023 13h24 - Atualizado em 27/11/2023 13h45
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REUTERS / GPO / ISRAEL GOVERNMENT PRESS OFFICE / TVE / UNION FOR THE MEDITERRANEAN POOL / NATO TV cessar-fogo em gaza Trégua entre Israel e Hamas acontecem desde o dia 24 de dezembro

Israel e Hamas prorrogaram por ais dois dias a trégua em Gaza, informou o Catar. O novo acordo prevê a libertação diária de 10 reféns na Faixa de Gaza, mulheres e crianças, em troca de 30 prisioneiros palestinos em prisões israelenses, informou o diretor do Serviço Estatal de Informação, Diaa Rashwan, que atua como porta-voz do governo do Egito. “O Estado do catar anuncia, como parte da mediação em curso, que foi alcançado um acordo para prolongar a trégua humanitária por mais dois dias na Faixa de Gaza”, disse o porta-voz do governo catariano, Majed Al-Ansari. O acordo permitira a libertação de um total de 20 israelenses e 60 palestinos seriam libertados durante a extensão do cessar-fogo. “Foi alcançado um acordo com o Catar e o Egito pra prolongar a trégua humanitária temporária por mais dois dias com as mesmas condições da trégua anterior”, disse um membro do Hamas.

Rashwan, porta-voz do Egito destacou ainda que, além da troca de reféns por prisioneiros, durante os dois dias de trégua prolongada o cessar-fogo será mantido “em toda a Faixa de Gaza”, onde também não será permitido o voo de caças ou drones israelenses. Da mesma forma, a entrada de ajuda humanitária, médica e de combustível também continuará em todo o enclave palestino, segundo a nota, que não forneceu detalhes sobre as quantidades estabelecidas. Nesta segunda, Israel havia proposto “uma opção” ao movimento islamista palestino Hamas para prolongar a trégua que entrou em vigor no dia 24 de novembro. “Queremos receber outros 50 reféns após esta noite, como parte de nosso objetivo de trazer todos os reféns de volta para casa”, declarou Eylon Levy à imprensa, ao informar sobre a iniciativa israelense.  Liberar outros 50 reféns implicaria uma prorrogação de cinco dias.

Uma fonte próxima ao Hamas indicou no domingo que o movimento islamista palestino está disposto a estender “de dois a quatro dias” a trégua vigente. “A resistência acredita que é possível garantir a libertação de entre 20 e 40 israelenses” neste tempo, assegurou a fonte. Tanto Catar como Egito atuam como mediadores nas negociações. Uma fonte de segurança egípcia afirmou nesta segunda-feira que ambas as partes estavam em desacordo sobre a maneira de prorrogar o cessar-fogo. Enquanto Israel defende uma prorrogação, dia por dia, o Hamas busca uma extensão de quatro dias. O porta-voz do governo israelense afirmou que a campanha para “aniquilar o Hamas” seria retomada imediatamente após a trégua e libertação dos reféns. “Foi, sem dúvida, a pressão militar israelense que levou o Hamas a aceitar a libertação desses reféns”, disse Levy.

Israelenses e integrantes do grupo palestinos chegaram ao quarto dia de trégua nesta segunda-feira, 27. O acordo entre as parte, que prevê a libertação de 50 reféns em troca de 150 presos palestinos, começou a valer no dia 24 de novembro e, até o momento, foram libertos 39 reféns em troca de 117 presos palestinos. Outros 19 reféns, entre eles tailandeses, um filipino e um russo-israelense, foram liberados em negociações paralelas. Ainda nesta segunda, apesar do atraso, haverá a libertação de mais 11 reféns, informou Rashwan. “Hoje é esperada a troca de 11 reféns israelenses na Faixa de Gaza e estão em andamento negociações para libertar 33 palestinos do lado israelense”, disse Rashwan em um comunicado no qual não ofereceu mais detalhes sobre o status deste processo. Até o momento, a troca de reféns por prisioneiros palestinos ocorreu dentro do prazo, com exceção de um tenso atraso no sábado, depois que o Hamas reclamou sobre um suposto descumprimento do acordo por parte de Israel.

*Com agências internacionais 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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