Israel e Líbano fecham acordo histórico sobre fronteira marítima

Há anos os países disputam cerca de 860 km² do mar Mediterrâneo, que cobre os campos de gás de Karish e Qana

  • Por Jovem Pan
  • 11/10/2022 11h49
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MAHMOUD ZAYYAT / AFP israel, libano, mar mediterrâneo Líbano e Israel tem uma disputa de longa data sobre cerca de 860 quilômetros quadrados do mar Mediterrâneo

Israel e Líbano chegaram a um acordo histórico a respeito de uma antiga disputa sobre águas ricas em gás no mar Mediterrâneo, confirmou o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid. O acordo busca colocar fim a uma disputa de longa data sobre cerca de 860 quilômetros quadrados do mar Mediterrâneo, que cobre os campos de gás de Karish e Qana, de forma que Israel passará a explorar o primeiro, e o Líbano o segundo. Ele estabelece uma fronteira entre as águas libanesas e israelenses pela primeira vez e também um mecanismo para ambos os países obterem royalties de um campo de gás offshore que atravessa a fronteira. O acordo não afeta a fronteira terrestre compartilhada. “Este é um feito histórico, que fortalecerá a segurança de Israel, injetará milhares de milhões na economia israelense e garantirá a estabilidade da nossa fronteira norte”, disse Lapid, por meio de comunicado. Na nota oficial, o premiê explicou que a proposta redigida pelos Estados Unidos cumpre “todos os princípios econômicos e de segurança estabelecidos por Israel”. O primeiro-ministro israelense informou que convocou para amanhã uma reunião do Gabinete de Segurança israelense, que será seguida por um encontro extraordinário entre todos os ministros do governo que lidera, para que seja avaliado o rascunho de acordo. Para as propostas serem aceitas, houve um intenso diálogo no fim de semana entre as duas delegações, mediadas por Hochstein, para que se chegasse a um rascunho aceitável para ambos os lados. O presidente do Líbano, Michel Aoun, considerou o texto apresentado hoje como “satisfatório”, já que “reserva os direitos do Líbano à sua riqueza natural”, no momento em que o país sofre um de suas piores crises econômicas e carece de fontes energéticas.

*Com informações da EFE e Reuters

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