Israel fecha fronteira com Gaza após disparos de foguetes palestinos

Israel anunciou o fechamento da fronteira com Gaza nesta quinta-feira (14) em resposta a disparos diários de foguetes vindos do enclave na última semana, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como capital israel…

  • Por EFE
  • 15/12/2017 07h55 - Atualizado em 15/12/2017 09h04
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EFE/ Mohammed Saber Simpatizantes do movimento Hamas participam de desfile pelos 30 anos do movimento na Faixa de Gaza nesta quinta (14)

O Exército israelense mantém fechados desde a manhã desta quinta-feira (14) as passagens fronteiriças com a Faixa de Gaza por motivos de segurança, sem que tenha sido determinada uma data de reabertura, confirmaram à Agência Efe fontes militares israelenses.

“Devido aos eventos e de acordo com as avaliações de segurança, a passagem de Kerem Shalom, para mercadores, e a de Erez, para pessoas, estarão fechadas”, informou um comunicado militar.

Desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu no último dia 6 Jerusalém como capital de Israel, milicianos de Gaza lançaram pelo menos 15 projéteis para Israel, que o Exército respondeu com bombardeios de represália, o último nesta madrugada.

O parlamentar palestino Jamal Al-Khudary, presidente do Comitê Popular contra o Assédio, condenou esta medida de Israel ao considerá-la “um endurecimento do bloqueio duplica o sofrimento” dos residentes da Faixa.

“O fechamento impediu a entrada de centenas de caminhões com alimentos, produtos de primeira necessidade para a população, e para o setor comercial, a construção e as instituições internacionais, especialmente a agenda da ONU (UNRWA), que brinda assistência humanitária ao cerca de um milhão de refugiados”, declarou Al Khudary.

O deputado palestino expressou a necessidade de manter abertos os cruzamentos sem interrupção, por ser a principal artéria da vida em Gaza, que está sob bloqueio israelense desde que o movimento islamita Hamas tomou o controle do enclave em 2007.

Desde 1 de novembro, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) se encarrega da gestão dos cruzamentos em virtude do acordo de reconciliação assinado entre os islamitas e o nacionalista Fatah em outubro, mediado pelo Cairo.

Al-Khudary alertou sobre a deterioração das condições econômicas e humanitárias, as altas taxas de desemprego e pobreza, em um “extenso e aterrorizador bloqueio, que é uma violação de todas as convenções e leis internacionais”, disse.

A passagem de Rafah com o Egito só abre intermitentemente desde o golpe de Estado de 2013 que derrubou o então presidente egípcio, o islamita Mohammed Morsi.

O atual acordo de reconciliação contemplava a reabertura total, proposta por motivos de segurança no Sinai, mas não está preparado para o cruzamento de grandes quantidades de mercadoria.

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