Israel quer fim das atividades de agência da ONU em Gaza após guerra

Decisão é motivada pela acusação de envolvimento de alguns funcionários da UNRWA no ataque do Hamas em território israelense

  • 27/01/2024 10h00
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MOHAMMED SABRE/EFE/EPA As Torres Hamad destruídas após uma operação militar israelense na cidade de Khan Younis, sul da Faixa de Gaza As Torres Hamad destruídas após uma operação militar israelense na cidade de Khan Younis, sul da Faixa de Gaza

O governo de Israel anunciou neste sábado,27, que deseja encerrar as atividades da agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) em Gaza ao final da guerra. O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que essa decisão é motivada pela acusação de envolvimento de alguns funcionários da agência no ataque do Hamas em território israelense, ocorrido em 7 de outubro. A intenção do governo israelense é assegurar que a UNRWA não faça parte da solução no território palestino após o conflito com o movimento islamista palestino. Katz expressou o desejo de interromper todas as atividades da agência.

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O Hamas, por sua vez, denunciou as “ameaças” israelenses à UNRWA e fez um apelo para que a ONU e outras organizações internacionais não cedam a essas pressões. A agência, em resposta, demitiu “vários funcionários” acusados de participação no ataque do Hamas. Os Estados Unidos decidiram suspender temporariamente o financiamento adicional à agência, uma medida seguida por outros países. O Departamento de Estado americano afirmou que doze funcionários “poderiam estar envolvidos” no ataque do Hamas. O diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, comprometeu-se a responsabilizar qualquer funcionário da agência envolvido em atos de terrorismo, inclusive por meio de ações legais.

A guerra teve início com um ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, resultando em quase 1.140 mortes, principalmente civis, e o sequestro de outras 250 pessoas. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre que causou a morte de pelo menos 26.257 pessoas em Gaza, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

*Com informações da AFP

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