Israel veta entrada de combustível na Faixa de Gaza; ONU diz que região precisa de 160 mil litros por dia

Forças de Defesa de Israel (FDI) alegam que medida é necessária para combater o Hamas; mais de 2,3 milhões podem lidar com ‘sofrimento épico’

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2023 20h25
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EFE/EPA/MOHAMMED SABER Israel, Faixa de Gaza Palestinos caminham por uma área destruída após ataques aéreos israelenses na Cidade de Gaza

Os militares israelenses afirmaram nesta terça-feira, 24, que vão continuar impedindo a entrada de combustível na região da Faixa de Gaza. De acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, a medida é necessária porque o Hamas precisa desses recursos para continuar operando. Ao ser perguntado se o produto poderia ser utilizado como “moeda de troca” para conseguir reféns, Hagari também negou e informou que o grupo palestino roubou combustível da Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA). “O Hamas precisa desesperadamente de combustível, e, após roubarem da UNRWA, discutiremos sobre o combustível com o mundo, e se os hospitais estiverem em apuros, então eles deveriam falar com o Hamas – eles [o Hamas] deveriam abastecer os hospitais e os cidadãos. E o mundo deveria exigir que o Hamas o faça”, pontuou Hagari, sem apresentar provas.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), porém, a entrada de combustível é essencial para a vida dos mais de 2,3 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza. De acordo com a entidade, a região precisa de 160 mil litros por dia e pode resultar em um “sofrimento épico”. “O combustível fornecido pela ONU em Gaza se esgotará em questão de dias, o que seria outro desastre, pois, sem combustível, a ajuda não pode ser entregue, os hospitais não têm eletricidade e a água potável não pode ser purificada nem bombeada”, frisou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em reunião do Conselho de Segurança. Segundo as autoridades de Gaza, a guerra já provocou a morte de mais de 5.000 pessoas na região, entre elas, mais de 2.000 crianças e a destruição de 42% das residências, assim como diversas infraestruturas.

*Com informações da AFP

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