Itália supera a marca de 20 mil mortos em decorrência do novo coronavírus
A Itália ultrapassou nesta segunda-feira a marca de 20 mil pessoas mortas em decorrência no novo coronavírus. O último boletim informa 566 óbitos nesta segunda, número maior que os 431 registrados no domingo.
Ao todo, 20.465 pessoas já morreram pela doença. O total de casos de infecção chegou a 159.516, segundo números oficiais. Cerca de 103 mil casos estão ativos, e 70% deles estão entre as pessoas que se isolaram nas própias casas. Os internados em UTIs são 3.260, o que significa queda pelo décimo dia consecutivo. “Há sinais positivos, mas o número de mortes segue sendo alto”, afirmou Gianni Rezza, membro do Conselho Técnico Científico, que assessora o governo do país durante a crise.
Apesar dos números estarem menores, se comparados aos das últimas semanas, no auge da curva de contaminação, o governo garante que não vai afrouxar as medidas de restrição impostas à população e setores comerciais e industriais.
As medidas de restrição, que terminariam nesta segunda, foram prorrogadas até 3 de maio, com a obrigação de confinamento em casa e o fechamento de atividades não essenciais. O novo decreto permitirá apenas a abertura de alguns estabelecimentos, como livrarias, papelarias e lojas de roupas infantis, assim como as de primeira necessidade, como supermercados e farmácias, que já vinham funcionando.
Giuseppe Conte, primeiro-ministro italiano, descartou que as indústrias podem ser reabertas, mesmo sob a forte pressão econômica. Angelo Borelli, diretor da agência de Defesa Civil, endossou o discurso. “No momento, qualquer hipótese sobre isso é prematura”.
Adaptações regionais
Algumas regiões da Itália fazem pequenas adaptações nas medidas de restrição, dentro do que permite a constituição do país. Na Lombardia, por exemplo, onde o número de contágios e mortes é maior, papelarias e livrarias ainda estão proibidas de funcionar.
Giulio Gallera, assessor de saúde local, admitiu que ainda há a preocupação com os índices. “Nosso esforço está dando resultados positivos. Os dados das primeiras semanas previram cenários desesperados se não tivéssemos tomado medidas. Nossas medidas sempre foram mais restritas que as nacionais e nos levaram a uma diminuição do contágio”, admitiu.
Em Vêneto, o presidente regional, Lucas Zaia, assinou um decreto que passa a valer na madrugada desta terça-feira, que flexibiliza algumas restrições de movimentação, como a permissão de mercados ao ar libre e saídas para atividades físicas sem limites tão rígidos.
* Com EFE
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