Itália tem 6.153 novos casos de coronavírus e mais de 8,2 mil mortes
O presidente da Lombardia, região mais afetada, considerou que as rigorosas medidas de isolamento ‘ainda não estão dando resultados’
A Itália reportou nesta quinta-feira (26) 6.153 novos casos de coronavírus e 712 mortes. A região de Piemonte, no norte do País, contabilizou mais 50 óbitos que não haviam sido atualizados na contagem oficial do governo italiano.
O total, agora, é de pelo menos 80.539 casos e 8.215 mortes. O número de pessoas infectadas voltou a aumentar, desta vez em 4.492, após três dias de queda.
O presidente da Lombardia, Attilio Fontana, considerou que as rigorosas medidas de isolamento “ainda não estão dando resultados” na região mais afetada no país pelo novo coronavírus e alertou a Espanha sobre a velocidade com que que esse vírus se espalha.
Ele fez essa afirmação durante entrevista coletiva por videoconferência com a imprensa estrangeira em Roma.
Nas últimas 24 horas, a Lombardia, no norte da Itália, registrou 2,5 mil novas infecções, um número ainda muito alto que Fontana atribuiu ao fato de que “as medidas mais rigorosas adotadas no país há dez dias ainda não estão dando as respostas esperadas”.
Além disso, aproveitou a oportunidade para enviar uma dica aos “amigos espanhóis”: “ficar em casa, evitar qualquer tipo de contato, sair apenas em caso de extrema necessidade. E para as autoridades espanholas, preparar camas para unidades de terapia intensiva, porque vão precisar delas”.
Medidas
O governo italiano limitou a mobilidade de pessoas em todo o território nacional por razões de trabalho, saúde ou necessidade, encerrou atividades produtivas e empresas não essenciais, escolas e universidades, locais de lazer, parques e eventos esportivos para tentar controlar a propagação do vírus.
A Lombardia é a região mais severamente afetada e Attilio Fontana explicou que as autoridades estão fazendo todo o possível para impedir essa pandemia.
Estão sendo realizados 5 mil exames diários, para uma população de 10 milhões de habitantes, o número de leitos em unidades de terapia intensiva “quase dobrou” e a abertura de um hospital instalado nos pavilhões da Feira de Milão foi concluída.
Fontana apelou a todos os países para enviar profissionais de saúde e suprimentos médicos, essenciais nesta emergência. Ele saudou a chegada ao país de especialistas e profissionais de saúde da China, Cuba e Rússia e adiantou que as autoridades regionais estudam o perfil dos médicos venezuelanos residentes na Itália que se ofereceram para contribuir para ver se eles respondem às necessidades da região.
Fontana afirmou que a prioridade agora é evitar que mais pessoas adoeçam e se recusou a falar do impacto negativo que essas medidas restritivas terão sobre a economia da região e do país, uma vez que as regiões do norte são o motor produtivo da Itália.
Por fim, ele acusou a Europa de dizer que “subestimou a emergência” e perdeu a oportunidade de “dar uma resposta conjunta” e demonstrar que é “um ponto de referência para todos os países que fazem parte dela”.
* Com EFE
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