Jill Biden visita Leste Europeu e reforça apoio dos EUA à Ucrânia em meio à escalada da guerra

Primeira-dama vai se encontrar com refugiados, trabalhadores humanitários, militares americanos e pessoal diplomático entre 5 e 9 de maio

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2022 14h12
CHANDAN KHANNA / AFP Jill Biden Jill Biden se reúne com refugiados e trabalhadores humanitários

A primeira-dama do Estados Unidos, Jill Biden, está com viagem marcada para Romênia e Eslováquia – ambos os países receberam centenas de milhares de ucranianos que fugiram da guerra deflagrada em seu país após a invasão russa – e vai se reunir com refugiados, trabalhadores humanitários, militares americanos e pessoal diplomático. A viagem da mulher do presidente americano, Joe Biden, será entre 5 e 9 de maio, e é a mais recente demonstração de apoio de Washington à Ucrânia e aos países que estão ao lado de Kiev.

A agenda de Jill está definida da seguinte maneira: quinta-feira, 5, encontro com soldados americanos na Romênia; sábado, 7, vai para Bucareste no próximo sábado onde se reúne com funcionários do governo, da embaixada dos Estados Unidos e com professores que trabalham com crianças refugiadas ucranianas, detalhou o comunicado divulgado por seu gabinete. No domingo, 9, Dia das Mães, ela viaja para a cidade eslovaca de Kosice e para o povoado de Vysne Nemecke, onde se reunirá com refugiados e trabalhadores humanitários.

O compromisso vem logo após a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nacy Pelosi, realizar uma visita secreta para a Ucrânia e ter se reunido com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que agradeceu o apoio que tem recebido dos norte-americanos. “Obrigado aos Estados Unidos por ajudar a proteger a soberania e a integridade territorial de nosso Estado”, tuitou o líder ucraniano. “O governo dos Estados Unidos é um líder no sólido apoio à Ucrânia na luta contra a agressão russa”, acrescentou. A visita de Pelosi permitiu compreender melhor o que deve ser feito para ajudar a Ucrânia. “Já estamos legislando as iniciativas que o presidente Biden apresentou”, declarou na Polônia.

Na quinta-feira, 28, Biden pediu ao Congresso 33 bilhões de dólares adicionais para a Ucrânia, dos quais US$ 20 bilhões serão destinados a armameto, quase US$ 8,5 bilhões ajudarão o governo da Ucrânia responder à crise imediata, US$ 3 bilhões para financiar a assistência humanitária e enfrentar a comoção mundial em relação ao preço do fornecimento de alimentos resultante da invasão russa à Ucrânia, um importante exportador de trigo. “Estes são os recentes e importantes passos adiante no apoio militar e financeiro à Ucrânia (…) somos gratos por isto”, indicou Zelensky em um comunicado da presidência ucraniana.

Não é só Jill Biden e Nacy Pelosi que vão passar no Leste Europeu, segundo a encarregada de negócios dos Estados Unidos, Kristina Kvien, os diplomatas americanos que abandonaram Kiev em meados de fevereiro, dias antes do início da invasão russa, esperam retornar à capital ucraniana antes do fim do mês. “Temos muita esperança de que as condições nos permitam voltar a Kiev antes do fim do mês”, declarou durante uma coletiva de imprensa em Lviv, grande cidade do oeste da Ucrânia. “A prioridade é a segurança pessoal. Se os agentes de segurança nos disserem que podemos voltar para Kiev, então retornaremos”, assegurou. O retorno da presença diplomáticas americanos na Ucrânia já havia sido anunciado pelo secretário de Estado, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, durante visita a Kiev.

A última semana de abril foi marcada por uma escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia. Diante das falas do Ministério das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, sobre a possibilidade real de uma Terceira Guerra Mundial, o ocidente começou a se reunir para discutir novas formas de ajudar a Ucrânia, já Putin, aumentou suas ameças aos países que pretendem ajudar o Leste Europeu. “Se alguém tem a intenção de intervir do exterior nos atuais acontecimentos, criando inaceitáveis ameaças de caráter estratégico para nós, deve saber que nossa resposta será fulminante”, disse diante do Parlamento russo.

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