Juan Guaidó convoca greve geral para esta quinta-feira

Nesta quarta, o autoproclamado presidente interino da Venezuela afirmou que continuará convocando protestos até conseguir o fim da “usurpação” do regime de Nicolás Maduro

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 08h47
Agência EFE O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou uma greve progressiva na administração pública para esta quinta-feira (2). Ele afirmou, nesta quarta, que continuará convocando protestos até conseguir o fim da “usurpação” do regime de Nicolás Maduro.

“Amanhã [hoje] começa a ‘Operação Liberdade Sindical’ rumo à greve geral. Amanhã vamos acompanhar a proposta de greve escalonada”, disse Guaidó diante de mil pessoas que protestavam nesta quarta contra o chavista.

No fim da tarde, Maduro discursou para apoiadores em evento pelo Dia do Trabalho. Ele acusou a oposição de querer “iniciar uma guerra civil”, e voltou a insinuar que os EUA poderiam ordenar uma invasão militar caso a tensão interna escalasse para um conflito armado.

“Se tivéssemos mandado tanques para enfrentá-los [os manifestantes], o que teria acontecido? Um massacre entre venezuelanos”, afirmou Maduro. “É isso que a oposição quer? Uma guerra civil entre compatriotas?”.

Enquanto Maduro discursava, Guaidó usou as redes sociais para responder ao chavista: “O regime covarde trata de demonstrar com repressão um controle que já não tem”, escreveu ele.

Maduro voltou a chamar Guaidó e o opositor Leopoldo López de golpistas, e disse que os dois são marionetes do presidente americano, Donald Trump. “Jamais haverá uma marionete como presidente no Palácio de Miraflores”, disse no discurso. “Na Venezuela, a democracia existe de verdade. Aqui, só o povo põe, só o povo tira”, concluiu Maduro.

Enquanto Guaidó não citou o sufocamento provocado pelo regime Maduro aos protestos de terça-feira, o chavista celebrou o que classificou de “vitória” contra “golpistas” nos confrontos. Naquele dia, Guaidó havia anunciado que tinha o apoio de militares para derrubar Maduro.

Maduro felicitou seus apoiadores pelo “dia em que a classe operária derrotou novamente um golpe de Estado” dos opositores. “Não puderam com [o falecido líder venezuelano Hugo] Chávez e tampouco puderam conosco”, afirmou Maduro sobre o que disse ser um “complô” da direita para derrubá-lo.

“Eles esqueceram que há uma poderosa união cívico-militar que não se enfraqueceu.” Maduro também prometeu punir os “traidores”.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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