Justiça francesa descarta ‘origem criminosa’ no incêndio de Notre Dame
A Justiça da França descartou, nesta quarta-feira (26), a possibilidade de o incêndio que atingiu a Catedral de Notre-Dame em abril deste ano ter sido criminoso. Agora, as hipóteses estudadas são de que o incêndio tenha sido originado em uma falha no sistema elétrico, ou que tenha começado como consequência de um cigarro mal apagado.
Segundo a Promotoria do Tribunal de Grande Instância de Paris, embora as investigações tenham colocado em evidência “certos erros”, não foi possível determinar, apenas com esse material, as causas do incêndio.
O comunicado da Promotoria também afirma que foram feitos “centenas” de interrogatórios com testemunhas e que “várias constatações” foram feitas, acrescentando que partir de agora deverão ser realizadas “investigações mais profundas”.
A investigação está a cargo de três juízes relatores e está aberta contra “X”, fórmula que, na legislação francesa, designa um suposto culpado cuja identidade é desconhecida.
Cigarros
No mesmo mês do acidente, o jornal Le Canard Enchaîné revelou que a polícia francesa encontrou sete bitucas de cigarro nos andaimes de restauração onde começou o incêndio. De acordo com a publicação, alguns operários confirmaram aos investigadores que, em descumprimento das medidas de segurança, fumavam nos andaimes. O jornal também divulgou irregularidades na instalação elétrica.
O ministro da Cultura francês, Franck Riester, disse em meados de junho que Notre Dame está ainda em situação frágil, especialmente na abóbada, que ainda não foi assegurada e pode desabar.
*Com informações da Agência EFE
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