Kamala Harris compara impacto da invasão ao Capitólio com o 11 de setembro em pronunciamento
Ao lado de Joe Biden, vice-presidente dos EUA foi primeira a falar sobre aniversário de um ano do ato que deixou cinco mortos em 2021
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, foi a primeira representante de Estado do país a falar em evento realizado nesta quinta-feira, 6, de memória ao aniversário de um ano da invasão do Capitólio. Ao lado de Biden, ela comparou o 6 de dezembro a datas como a do ataque a Pearl Harbor e aos atentados de 11 de setembro. “Algumas datas ecoam na história, incluindo aquelas que instantaneamente lembram a todos os que viveram onde eles estavam e o que eles estavam fazendo quando a nossa democracia foi tomada de assalto. São datas que ocupam não só um local no nosso calendário, mas um espaço na nossa memória”, afirmou. Harris lembrou que era recém-eleita e cumpria seu papel de senadora, estando no prédio federal no momento da invasão que deixou cinco pessoas mortas. “Eu saí daqui, mas naquele momento meus pensamentos se voltaram imediatamente não só aos meus colegas, mas também às pessoas da minha equipe, que foram forçadas a procurar refúgio nos nossos escritórios, transformando armários em barricadas”, disse.
Harris também afirmou que o ataque era uma demonstração do que a nação se tornaria caso aqueles que estavam contra a democracia fossem bem sucedidos nas suas ações. “Eles estavam atacando as instituições, os valores e as ideias que gerações de norte-americanos marcharam e derramaram sangue para estabelecer e defender”, disse. Ela criticou a “desinformação” divulgada por alguns desses radicais em notícias falsas, celebrou a vida dos policiais do Capitólio e disse que muitos jovens a questionam sobre o papel da democracia no país após o dia 6 de janeiro. “O que eu digo para eles é que essa data reflete a dualidade da democracia, a fragilidade e a força dela. A força da democracia são os princípios de que todos devem ser tratados iguais, de que as eleições deveriam ser justas e livres, de que a corrupção não deve ser tolerada. A força da democracia é o empoderamento do povo. A fragilidade da democracia é isso: se não formos vigilantes e não a defendermos, a democracia não vai se manter de pé”, declarou.
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