Kuczynski defende a reconciliação no Peru após se salvar do impeachment

  • Por Agência EFE
  • 22/12/2017 08h51
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EFE A moção para destituir o presidente obteve 79 votos a favor, quando a lei indica que necessitava, quando menos, 87 para que fosse aprovada

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, ofereceu na noite de quinta-feira “reconciliação e reconstrução” aos seus compatriotas, após se salvar da cassação pelo Congresso com as abstenções de vários partidos opositores.

“Peruanos, amanhã começa um novo capítulo na nossa história: reconciliação e reconstrução do nosso país. Uma só força, um só Peru”, escreveu Kuczynski, em seu Twitter, após saber que a oposição política no Congresso não reuniu os votos suficientes para que deixasse o cargo.

A moção para destituir o presidente obteve 79 votos a favor, quando a lei indica que necessitava, quando menos, 87 para que fosse aprovada. Foram 19 votos contra e 21 abstenções.

Entre as abstenções estiveram as de dez de congressistas do partido fujimorista Força Popular, o principal promotor da petição de destituição, incluindo Kenji Fujimori, o filho mais novo do ex-presidente preso Alberto Fujimori.

Alguns dos legisladores fujimoristas que votaram pela destituição asseguraram que seus colegas de bancada se abstiveram, porque Kuczynski ofereceu a liberdade do ex-presidente.

Pedro Pablo Kuczynski superou uma crise política que começou na semana passada, quando um setor da oposição apresentou uma moção pedindo que fosse destituído por uma “permanente incapacidade moral”.

Os opositores consideraram que ele tinha mentido ao supostamente ocultar sua ligação com a construtora Odebrecht, algo que o presidente nega e até se ofereceu para responder nas investigações feitas nesse caso.

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