Kuczynski renuncia à presidência do Peru em meio à crise política

  • Por Agência EFE
  • 21/03/2018 16h38 - Atualizado em 21/03/2018 17h16
EFE Kuczynski deixará o cargo que assumiu em 28 de julho de 2016

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, renunciou nesta quarta-feira ao cargo, em meio à crise política causada pela divulgação de vídeos e áudios que mostram seus aliados tentando comprar votos de congressistas opositores para evitar sua destituição, confirmaram à Agência Efe fontes do governo.

Em um vídeo gravado no Palácio de Governo no qual apareceu escoltado por todo o Executivo, o presidente denunciou a “grave distorção do processo político” causada pela divulgação de vídeos e áudios nas últimas horas que faziam-no “injustamente parecer como culpado de atos” nos quais não tinha participado e que, por isso, “o melhor para o país é que renuncie à presidência”

Segundo o jornal El Comercio, o Gabinete Ministerial inteiro de Kuczynski pediu que ele deixasse o cargo. Eles também o advertiram de que, se ele não renunciasse, todos os membros do Conselho de Ministros apresentariam sua renúncia.

A renúncia de Kuczynski acontece no mesmo dia em que a agência de classificação Fitch manteve o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Peru em BBB+ e citou que o prolongamento da incerteza política relacionada ao processo de impeachment poderá provocar redução nos investimentos e nas projeções de crescimento.

Kuczynski, de 79 anos, deixará o cargo, que assumiu em 28 de julho de 2016, depois que sua renúncia for aceita pelo Congresso e, de acordo com a Constituição, deve ser substituído pelo seu primeiro vice-presidente, o engenheiro Martín Vizcarra, que também é o atual embaixador peruano no Canadá.

*Com informações completares da Estadão Conteúdo

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