Lam condena possível interferência dos EUA em Hong Kong
A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, condenou “categoricamente”, nesta terça-feira (10), qualquer tentativa dos parlamentares dos Estados Unidos de interferir na cidade semi-autônoma chinesa através de um eventual projeto de lei no Congresso americano. Em entrevista coletiva, ela respondeu ao recente pedido dos manifestantes de Hong Kong para que os EUA aprovem o projeto de lei de Direitos Humanos e Democracia em Hong Kong.
Esse projeto de lei exigiria que Washington avaliasse anualmente se Hong Kong possui autonomia suficiente para justificar seu status comercial especial. Se essa autonomia não for certificada, a cidade perderia alguns privilégios comerciais que possui atualmente com os EUA dos quais a China não faz parte.
“O governo de Hong Kong se opõe à interferência do Congresso dos EUA nos assuntos da cidade por meio desse projeto”, disse Lam, enfatizando que o parlamento de qualquer país deveria tratar de assuntos internos e considerou “extremamente inapropriado” que estrangeiros intervenham em Hong Kong “por qualquer meio.”
No domingo (8), milhares de manifestantes se concentraram diante do consulado dos Estados Unidos em Hong Kong e pediram ao governo e congressistas americanos que aprovem esse projeto de lei, que eles acreditam que permitirá salvaguardar suas liberdades.
Atualmente, cerca de 85 mil americanos vivem em Hong Kong e aproximadamente 1,4 mil empresas dos EUA têm seus escritórios regionais no centro financeiro asiático, que atualmente atravessa uma de seus piores crises políticas em décadas.
*Com informações da Agência EFE
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