Presidente do Equador volta a Quito para acompanhar protestos
Apesar de ter transferido o Executivo para Guayaquil, Lenín Moreno foi a Quito nesta quarta-feira (9) para acompanhar os protestos
O presidente do Equador, Lenín Moreno, chegou nesta quarta-feira (9) a Quito para monitorar na capital as manifestações contra o fim do subsídio sobre os combustíveis, medida que faz parte de um pacote econômico anunciado como parte de um acordo do governo do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mais cedo, a ministra de Governo, María Paula Romo, tinha informado que Moreno voltaria para Quito para “supervisionar e monitorar” os protestos contra o governo em todo país. No entanto, já havia a expectativa de um maior número de incidentes na capital hoje.
Não se sabe onde Moreno ficará na capital, já que o Palácio de Carondelet, sede do governo, está cercado por um forte esquema de segurança para evitar que manifestantes cheguem até o local. Por causa dos protestos, o presidente decidiu transferir o Executivo para Guayaquil, no sudoeste do país, por 30 dias.
O centro histórico de Quito, onde fica o palácio, é palco de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança do Equador, que vive hoje uma greve nacional contra o fim dos subsídios sobre os combustíveis. Nesta terça-feira (8), grupos indígenas conseguiram invadir por cerca de uma hora a sede do parlamento do país.
O protesto convocado pelos grupos indígenas hoje ocorre sem incidentes. Romo afirmou que, em diálogos com o movimento, o governo propôs uma rota específica para a manifestação. A conversa foi mediada por representantes da ONU e de universidades do país. “Essa rota permite diferenciar claramente aqueles que têm outras intenções políticas”, afirmou a ministra.
A chegada de Moreno a Quito ocorreu pouco depois do vice-presidente do país, Otto Sonnenholzner, ter afirmado em Guayaquil que o governo está conseguindo conter os grupos que querem desestabilizar o país.
Moreno acusou seu antecessor e ex-aliado, Rafael Correa, de estar por trás de uma tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente nega.
*Com EFE
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