Líbano se prepara para aumentar presença militar no sul diante de ameaças de Israel

Primeiro-ministro libanês, Najib Mikati sugeriu que o país poderia desempenhar um papel de mediador da paz na região de fronteira e criticou as ações do governo israelense, que continua a realizar ataques

  • Por da Redação
  • 16/10/2024 14h06
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EFE/EPA/STRINGER Líbano Naim Qasem, o número dois do Hezbollah, mencionou a possibilidade de um cessar-fogo, afirmando que a resistência do grupo não será derrotada

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou que o governo está preparado para aumentar a presença militar no sul do Líbano assim que um cessar-fogo for estabelecido por Israel. Ele sugeriu que o país poderia desempenhar um papel de mediador na paz na região de fronteira, onde os confrontos entre Israel e o Hezbollah têm se intensificado. Atualmente, há cerca de 4,5 mil soldados libaneses na área, com planos de elevar esse número para entre 7 mil e 11 mil. Mikati criticou as ações do governo israelense, que continua a realizar ataques no território libanês sob a justificativa de eliminar a ameaça representada pelo Hezbollah.

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O grupo xiita, por sua vez, afirmou ter lançado foguetes em direção à cidade de Haifa como resposta aos bombardeios israelenses. O Conselho de Segurança da ONU havia determinado que o sul do Líbano deveria ser desprovido de grupos armados, mas Israel insiste em suas ofensivas, alegando que está reagindo a ações do Hezbollah. A crise humanitária no Líbano se agrava, com o governo local estimando que mais de 2,3 mil pessoas perderam a vida em ataques israelenses no último ano, além de 1,2 milhão de deslocados. A Agência de Refugiados da ONU relatou que mais de 25% da população libanesa está sob ordens de evacuação emitidas por Israel, o que intensifica a preocupação com a segurança e o bem-estar da população.

Naim Qasem, o número dois do Hezbollah, mencionou a possibilidade de um cessar-fogo, afirmando que a resistência do grupo não será derrotada. Em contrapartida, as autoridades israelenses, lideradas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não demonstram sinais de recuo no conflito, prometendo continuar os bombardeios contra posições do Hezbollah “sem piedade”. Além disso, Mikati expressou a preocupação do governo em manter o funcionamento do aeroporto de Beirute, implementando novas medidas de segurança para evitar que Israel encontre justificativas para atacar essa infraestrutura vital.

*Reportagem produzida com auxílio de IA e AFP
Publicado por Fernando Dias

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